Há pouco mais de dois anos tive o privilégio de assumir a posição de Diretora de Talent &Cultura na Deloitte Brasil, maior organização de serviços profissionais do mundo, e, como já dizia o Homem Aranha, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. E foi assim que encarei esse privilégio, com uma grande responsabilidade e com a coragem necessária de fazer diferente.
Assim surgiu o tema de Felicidade Corporativa, não como a solução de problemas, mas como um meio para obtermos resultados diferentes. No mundo corporativo tem sido recente (e muito necessário) o processo de quebrar o portal que separa a pessoa física da profissional. Isso se iniciava no processo de vestir-se e completava no processo de despir da nossa identidade de ser pai, mãe, irmão, parceiro, amiga. Como mãe, pouco falava dos meus filhos no trabalho e era isso que se propagava nas cartilhas: separem os mundos.
Separar quem somos para caber em um espaço é extremamente desgastante, tira a nossa autenticidade e drena uma energia que poderia estar sendo canalizada para algo muito mais nobre. Temos tanto a fazer e tanto a mudar que não temos tempo e energia para desperdiçar.
E o que a Ciência da Felicidade tem a ver com esse processo no ambiente corporativo? Para mim, muito. Reservo um minuto para esclarecer que não sou acadêmica no tema. Aqui me coloco como executiva que identificou, nessa ferramenta, uma possibilidade de criação de conexão, de desconstrução do portal e da ressignificação do “cafezinho” no ambiente corporativo.