Recentemente, um escândalo internacional no mundo do Coaching Ontológico tomou conta da mídia na América Latina. Tudo por conta da escola colombiana Zoe que formava milhares de coaches prometendo um novo estilo de vida e altos ganhos financeiros através de um esquema formatado como pirâmide. E isso aconteceu enquanto reunia as informações de que gostaria para abordar um tema que, cada vez mais, ganha espaço em nossa área de atuação. Vou trazer a Ética para nossa coluna, porque é justamente a sua compreensão e disseminação que fundamenta nossa prática profissional e a distingue diante de um mercado que cresce e absorve uma diversidade de tipos de profissionais. Considerando que a atividade é relativamente nova e que visa à transformação da nossa maneira de ser para ações diferentes e mais satisfatórias, os parâmetros éticos buscam salvaguardar a integridade dos clientes que procuram o serviço. E precisam tornarem-se tão comum e desmistificados quanto o arroz com feijão na mesa do brasileiro.
E se por um lado a Ética se constitui para e por meio das relações, por outro, sua observância depende da forma única com que cada coach interpreta o Mundo e da capacidade que mantém de refletir continuamente sobre si mesmo e experimentar, como seus clientes, a evolução de sua própria conduta. Falar e refletir sobre ética, é o que possibilita que cada um vá interpretando e modelando sua atuação de forma a contribuir para convivências mais harmoniosas e, para usar uma palavra que considero absolutamente necessária: regenerativas.