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Edição #97 - Junho 2021

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A liberdade genuína em nossa atuação prática

“Nossa vida é composta a partir de atos da liberdade e da falta de liberdade. No entanto, não podemos pensar sobre o conceito completo do ser humano, sem chegar ao espírito livre como a mais pura manifestação da natureza humana. Somente somos verdadeiros seres humanos na medida em que somos livres.”

Rudolf Steiner


Em nossa jornada na vida, frente aos diversos caminhos que a existência nos apresenta, estamos sempre às voltas com a necessidade de fazermos escolhas diante de várias situações. Mas será que somos os senhores absolutos e temos as rédeas de nossas vidas em nossas mãos? Será que agimos sempre em liberdade enquanto tomamos nossas decisões?

Essa é uma das grandes questões da humanidade. Arrisco dizer que esta questão anda junto com “quem sou eu?”, “de onde eu vim?” e “para onde vou?”.

Ao longo da história da humanidade, o conceito de liberdade foi discutido sob diferentes perspectivas por filósofos e pensadores, faz parte dos diálogos entre terapeutas e pacientes, entre as famílias, ocupa espaço em jornais e revistas, e justamente por sua relevância me parece importante trazer para o contexto do coaching.

Na Grécia Antiga, a liberdade era associada ao ato de pensar. Havia um consenso entre os filósofos de que o ser humano só é livre quando domina suas ações a partir da reflexão sobre seus desejos.

Já na Idade Média, em uma sociedade teocêntrica extremamente influenciada pela Igreja Católica, afirmavam que uma natureza superior era determinante na vontade humana. Para Santo Agostinho, por exemplo, o livre-arbítrio seria uma dádiva de Deus e a liberdade seria encontrada somente nas ações guiadas pela fé e pelas leis divinas.

A compreensão de liberdade evolui com o iluminismo para uma visão racional do indivíduo em sociedade em substituição à visão teológica. A liberdade passa a ser entendida como um direito do indivíduo e que ele deve ser capaz de ser dono de seu próprio destino.

René Descartes, diferentemente de Santo Agostinho, entende o livre-arbítrio como o exercício de um pensamento independente que busca compreender e descobrir o mundo. O método cartesiano dá lugar a uma nova compreensão da realidade, abre-se um imenso espaço de liberdade ao pensamento humano dentro de uma época marcada pelo dogmatismo religioso. Com sua frase “penso, logo sou.” (traduzida como “penso, logo existo.”) Descartes propõe a dúvida que aponta como incerta qualquer existência exterior ao indivíduo e suspende qualquer entendimento prévio do mundo.

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