Vivemos tempos em que os discursos de ódio parecem ter se disseminado no nosso cotidiano. Parece até que existe uma cultura de ódio que se estabeleceu. Agora, será que isso é um fenômeno novo?
Como esta coluna, como o nome já delata, “Papo Rápido”, quero apenas trazer a reflexão para que possamos expandir o olhar e, talvez, lidar melhor com isso e quem sabe até sermos agentes da construção de uma sociedade mais empática, compassiva, e consequentemente mais disposta ao diálogo, como forma de exploração de perspectivas diferentes, coleta de dados, análise e compreensão.
Lembrei dos “Autos de Fé”, fenômeno relacionado à Igreja Católica na Idade Média, onde, em rituais de penitências públicas, hereges e apóstatas (aqueles que abandonaram a religião ou renunciaram a sua fé), eram forçados a se redimir e em seguida eram queimados na fogueira em praça pública.
Por mais bárbaro que hoje possa nos parecer, era um programa típico de final de semana levar a família para a praça, incluso as crianças, para xingar, cuspir e comemorar a morte de pessoa tão asquerosa para aquela sociedade.