O ano de 2014 foi marcado para os moradores da cidade de São Paulo pela crise da Cantareira. A maior cidade do Brasil entrou em estado de alerta quando um dos principais reservatórios que abastece a cidade chegou em seu mais baixo nível de volume de água. Foram cerca de 9 milhões de pessoas impactadas. Uma crise que voltou para as manchetes em 2021 pois o volume de água atingiu novamente a marca abaixo dos 40%.
Normalmente falamos de outros tipos de crises quando pensamos em finanças e, se chegou até este parágrafo, deve estar se perguntando o que um reservatório de água tem a ver com finanças. Ou ainda pode pensar que houve algum erro na edição da revista.
Não houve erro! É nesta coluna que quero mostrar a importância de cuidar, manter e acompanhar o nosso reservatório financeiro da mesma forma que devemos zelar pelos nossos mananciais, já que água, tal como a saúde financeira, são vitais para nossa vida.
Imagine que seu reservatório Cantareira seja um lago ao fundo de sua casa. Um lago que não existia quando você se mudou ou quando começou a trabalhar. Você precisa primeiro cavar o buraco para só depois enchê-lo de água e então ter seu reservatório pessoal.
Enquanto está ativo, trabalhando e recebendo uma renda você não precisa da água do lago, pois tem dinheiro para comprá-la do sistema de distribuição municipal ou até adquiri-la num supermercado. É neste momento que você deve comprar água não só para viver diariamente, mas também para começar encher seu reservatório.