Um dos desafios do coach é trabalhar o poder dos hábitos no processo de coaching, seja instalar um novo ou mudar um existente. Ambas as situações exigem do cliente vontade verdadeira em mudar e, do coach, compreender como lida com os hábitos de seus clientes, com seus próprios hábitos e como eles nos limitam.
Segundo a neurociência, sobreviver aos estímulos do mundo e manter-nos o mais estável possível é nosso principal objetivo como ser humano. Se algo acontece em meu meio ambiente, ou me vêm à memória stuações do passado, ou mesmo algo fruto de minha imaginação que possa me desestabilizar, reações motoras e/ou emocionais são desencadeadas em mim para retornar à estabilidade.
Esse processo consome muita energia cerebral, emocional e física. Isso nos leva a colocar no automático muitas dessas reações, pois tudo que colocamos no automático não consome energia e facilita nossa vida, surgindo, quando necessário, como um reflexo insconsciente, se transformando em um comportamento concreto que, aos olhos dos outros, e até aos nossos próprios, pode parecer inesperado. As reações automatizadas são armazenadas sob o ponto de vista de sua relevância para a pessoa que a armazenou. Quanto mais relevante é para nós uma reação automatizada, mais cristalizada está em nosso inconsciente.