Para que aconteça uma compreensão integral do Eneagrama, não basta adquirir um entendimento teórico sobre sua figura, seus 9 pontos, ou das descrições de cada uma das personalidades. O Eneagrama é um espelho completo, que permite - a quem de verdade ousar a entrega - visualizar seu ser real. Mas este resultado virá após um fino estudo de seu próprio ego, e o entendimento deste como sendo uma espécie de impostor que assumiu o controle sobre sua essência humana, sobre suas ações/reações, e também sobre cada uma de suas escolhas.
Sim, esta é a forma original de trabalhar personalidade, ou o ego, como é denominado o tipo de cada pessoa dentro do Eneagrama. Não é correto trabalhar dando ênfase à dimensão positiva do eneatipo, como quem deseja valorar a pessoa que possui aquela dinâmica de funcionamento. A verdade é que a beleza natural de cada pessoa já existe e não precisa ser construída ou enfatizada. Ela apenas está obscurecida por tecidos que a encobrem, e o que mais encobre a perfeição de cada pessoa é especificamente esta máscara egóica, quando atua no automático sem ser percebida. Por este motivo, é imprescindível dissecá-la e compreender bem suas sutilezas, estando atento a perceber quando ela se manifesta, e sabendo aplicar os antídotos adequados.
Alguém que atinja essa visão de si mesmo com ajuda deste mapa, poderá então chegar a conseguir enxergar além. Este além é onde se encontra o que podemos chamar de “verdadeiro eu”, “essência”, alguns podem chamar de “alma”, outros de “consciência”. Viver a partir daí.
A lógica, por si só, não é capaz de trazer este resultado satisfatório. Por este motivo, utilizam-se técnicas que possibilitem a integração dos 3 centros de inteligência. Cada um destes centros, sabe-se atualmente, é coordenado por um dos 3 sistemas que compõem o cérebro: o cérebro reptiliano, o sistema límbico e o córtex cerebral. Informações chegam até essas três formas de compreensão.