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Edição #43 - Dezembro 2016

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A Resiliência de quem cuida de pessoas – uma nova lógica para uma prática sustentada no equilíbrio

Falar em saúde na saúde parece, à primeira vista, um contrassenso. Teoricamente, o profissional de saúde sabe de tudo sobre a saúde daqueles que ele cuida, mas muito pouco sobre a sua própria saúde. Em geral, não cuida da própria saúde, nem nos aspectos mais básicos como alimentação e repouso. Na formação destes profissionais costuma-se atribuir a responsabilidade integral pelo sucesso e recuperação das pessoas, imprimindo às mesmas um desfecho sempre positivo. O profissional, em geral, não recebe o cuidado para cuidar. Como cuidar de quem cuida?

O cuidado a pessoas implica uma corresponsabilização, um compromisso ético, estético, social e de vínculo que requer dos profissionais que se dedicam a essa atividade, uma carga emocional e física que, muitas vezes, transcende à atividade em si1. Seguem trechos de narrativas extraídas da prática profissional, que evidenciam as adversidades nesse cotidiano.

Narrativas de quem cuida

(...) Aí eu chamei a mãe e disse – mãezinha, você pode chamar o pai para dormir aqui hoje também (...) já está chegando ao fim” (enfermeira pediátrica)
“Eu tenho uma notícia para você (...) você vai precisar começar uma nova etapa de tratamento, os resultados dos exames não estão favoráveis, infelizmente” (médico)

As situações de crise e adoecimento resultam na ruptura de um bem-estar. A pessoa passa então a viver uma liminaridade2, isto é, um entre-lugar indefinido no qual não é possível categorizá-lo plenamente.

No trecho a seguir, um exemplo dessa condição:

“(...) e naquela manhã todo o meu pior pesadelo se tornou realidade (...) eu queria sumir dali com meu filho, voltar para casa e que alguém dissesse, foi engano (...) eu queria voltar para minha vida (...) aquele lugar (hospital) não era para mim e muito menos para o meu filho (...) até que as portas se trancaram atrás de nós e entendi que começava um mundo totalmente ameaçador e desconhecido

Neste sentido, pacientes, usuários e familiares quando se veem diante das adversidades, marcadas por uma ruptura que pode ser a doença ou o estado de adoecimento, se encontram nesse estado de liminaridade. Não pertencem àquele “lugar” e os profissionais precisam lidar com todas as emoções e reações que essa condição produz. E para isso precisam estar preparados para além do conhecimento técnico e científico: precisam cuidar da sua resiliência.

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