Nosso coach João nos trouxe um caso interessante:
Tenho quatro anos de experiência como coach interno em uma multinacional. Nesta empresa, acumulava atividades de RH com o coaching para média gerência. Pelo meu curriculum e experiência, consegui uma colocação em outra empresa, também multinacional, mas agora totalmente dedicado ao coaching interno, com bom aumento salarial. A empresa é de médio porte e hoje atendo cerca de 10 executivos na média gerência. O clima interno é maravilhoso e todas as sextas temos happy hour. Frequentemente tem festas onde a maioria dos gerentes comparece. Estava adorando isto tudo, a empresa que sempre sonhei. Então, comecei a notar certo desconforto de vários gerentes com minha presença nas festas e algumas vezes recebi a pergunta: - “Você não comentou nada sobre o que falamos, né?" Deixei de ir aos encontros e a maioria passou a me tratar com frieza. Ouvi comentários de que eu não queria me misturar, que eu me considerava elite. Gosto das pessoas e da empresa, mas não sei o que fazer. A situação está ficando insustentável, tendo afetado inclusive a qualidade dos trabalhos de coaching.
João, você tem um histórico profissional desafiante como coach. Deve ter sido uma grande provocação para você estar na dupla função de RH e coach interno. O que você fazia com as informações privilegiadas de RH – movimentações de carreira e de salário, avaliações e pareceres diversos que surgiam a respeito dos funcionários nas reuniões com e entre as áreas afins aos seus clientes internos? Estou curiosa para saber como você gerenciava a troca de chapéus entre as duas funções.