Presencing em Coaching foi o tema da palestra que apresentei no stand ICF no Conarh. Acostumada a falar sobre esse tema para profissionais de Recursos Humanos e gestores da América Latina, me vi pela primeira vez diante de colegas de profissão, onde podia, de fato, compartilhar meu intenso e particular processo de aprendizado. A Teoria U traz uma proposta de profunda transformação social que se estende aos diferentes âmbitos da vida, com um movimento que segue a letra “U” e prescinde do estado de Presença, uma das principais competências necessárias à prática do coaching. Por si só, isso bastaria para torná-la uma ferramenta interessante de suporte ao processo de coaching. Mas e se essa competência também pudesse ser desenvolvida nos coachees, ampliando sua percepção acerca da questão que o conduz às sessões? O que aconteceria se ele pudesse não só fazer escolhas a partir de um novo modelo de atuação, mas também aplicar esse modelo em outras questões de sua vida?
Aproximei-me da Teoria U pelo caminho da experiência e posso dizer que não há melhor caminho que esse. Estava em um momento de grande transformação pessoal e, conforme ia lendo “Teoria U - Como Liderar pela Percepção e Realização do Futuro Emergente”, a primeira publicação de Otto Scharmer sobre o assunto, a proposta do U ia apoiando o meu próprio movimento e permitindo que eu experimentasse o que estava aprendendo. Era tão intenso que muitas vezes fechei o livro para dar conta da emoção que surgia. Isso foi em 2009 e, desde então, fiz muitos cursos, alguns deles com Scharmer, que certa vez alertou-me diante da minha dificuldade em “ensinar” o assunto: “Presencing não é uma metodologia que possa ser imposta às pessoas. Na verdade, eu diria que é impossível explicar o que é Presencing a quem não experimentou isso em sua própria vida.”