Quando fui convidado a escrever este artigo, me vi refletindo sobre como a Inteligência Artificial entrou em nossas vidas com a mesma rapidez que os primeiros celulares inteligentes com tela touchscreen. O que antes falávamos em termos de computação inteligente, computadores quânticos e demais temas muito desconexos do cotidiano comum, hoje temos jovens e adultos usando diferentes IAs generativas para entretenimento e conteúdo.
Enquanto uns utilizam as redes sociais para manifestar preocupação com o futuro da inteligência artificial roubando seus empregos. Essa preocupação vem de momentos históricos diferentes que marcaram a otimização de processos e mudanças nas relações de trabalho.
Um dos exemplos mais notáveis é de Henry Ford, que na segunda década de 1900 trouxe inovações importantes na técnica de produção de automóveis com a criação das “linhas de montagem”, reduzindo custos e tempo necessário para a fabricação de automóveis. De forma semelhante, no decorrer das décadas restantes a telefonia passou por um grande avanço tecnológico, trocando telefonistas humanas por centrais eletrônicas. Mais tarde, um outro exemplo marcante na memória das pessoas foi a chegada e popularização dos microcomputadores, por volta da década de 1990, que provocou mudanças nos escritórios, com o término de cursos importantes de datilografia e a indústria de máquinas de escrever. Ao mesmo tempo surgiram diferentes escolas de informática, a preços populares, que ensinavam a usar a máquina e seus programas como o Microsoft Excel e o Word, além de comunicadores instantâneos como mIRQ. Essas inovações marcaram o início de uma era de transformações tecnológicas, cujas consequências ainda ressoam nos avanços contemporâneos, como a Inteligência Artificial (IA).