Olá caros leitores,
o tema que trazemos nessa edição é tão importante e fundamental para pensarmos, refletirmos e compreendermos a historicidade e raízes do abismo entre a situação e papel do homem e da mulher na sociedade e em particular no mundo do trabalho.
É nítido e inegável que vivemos em uma sociedade predominantemente machista, branca e hétero. As discriminações que acontecem em nosso meio ganharam voz não há muito tempo, e o que outrora parecia estar tudo bem, quando retirado o véu da ilusão, nos revela uma sociedade incrivelmente injusta, ignorante, conservadora (no pior sentido), e que faz a defesa de uma série de desigualdades que privilegiam uma elite masculina, branca, hétero e rica.
Xiiiiiii, um dossiê comunista!!!!!!
Nada disso. Apenas olhando a vida, não como é, mas como a construímos, e que precisamos rever uma série de valores, conceitos e referências.
Ao longo de nossas edições, já falamos sobre diversidade, sobre a Mulher e a Maternidade, sobre a necessidade de uma Liderança Humanizada, sobre o imperativo de uma humanização também do capitalismo, tornando-o mais consciente, e agora vamos falar sobre “A Força da Mulher”.
Esse dossiê fantástico, que merece e precisa ser lido por homens e mulheres, contou com a brilhante, competente e ágil Ana Paula Vitelli. Estudiosa do tema, produziu em seu doutorado “A mulher invisível: sentidos atribuídos à mulher e ao trabalho na gerência intermediária”.
Ana também é a primeira Presidente mulher da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil e lidera a entidade há 3 anos.
Para tratar desse tema de forma ampla e profunda, Ana reuniu um time de peso, empresárias, conselheiras, médica e advogada, com lugar de fala muito bem estabelecido não só por serem mulheres, mas estudiosas, empreendedoras, ativistas e principalmente, transformadoras de uma realidade que não cabe mais nos dias de hoje, onde a disparidade entre discurso e as práticas nos choca a cada dia.
Sim, progressos aconteceram, lentos e graduais, a mulher vem ganhando espaço, mas ainda muito pequeno, frente ao que pode ser.
Que esse dossiê desperte ainda mais reflexões e ações conscientes no sentido de mudanças, não de concessões, mas de igualdade, respeito e humanidade.
Fica aqui também a reflexão: por que, historicamente, os homens tem tanto medo da Força da Mulher?
Bom ânimo e tenha uma excelente leitura.
Luciano Lannes
Artigo publicado em 05/07/2023