Há algum tempo atrás recebi uma newsletter que falava sobre a Blue Monday. Para quem nunca ouviu falar, a “segunda azul”, em bom português, é o nome dado à terceira segunda-feira de janeiro por ter sido definida como o dia mais triste do ano em alguns países. Fatores como o endividamento pelas compras de final de ano e a queda da motivação em relação às resoluções de ano novo são mencionados como motivos para esse fenômeno. Verdade ou não, o efeito dessa data é sentido por muitas pessoas que ao voltarem das férias, e agora após o carnaval, percebem que a vida nada mudou, o corpo continua com os quilos a mais, a fluência no novo idioma, listado como meta para o novo ano não passou das saudações padrão e os impostos nossos de cada dia já começaram a chegar na casa de cada um sem a menor cerimônia, muito menos se importando se a casa já está ou não preparada para “receber novas visitas”.
Nem conto quantas vezes eu mesma criei listas de ano novo que foram parar no fundo de alguma gaveta, junto com aqueles objetos perdidos e achados sem querer depois de algum tempo. A rotina retorna e nos puxa para o automático de apagar os incêndios de sempre e quando menos esperamos, já estamos repetindo tudo do ano anterior.