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Edição #111 - Agosto 2022

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Carta ao meu EU, ou a dignidade de ser pessoa

Mem rias I Pedi ao meu av que me levasse ao mar da nossa praia Queria que o mar ouvisse a minha saudade Vejo-me de costas os cabelos e a saia dan am ao ritmo da brisa Vejo que no meu rosto doce e redondo os olhos est o marejados hellip tenho muitas saudades do meu pai o marinheiro Ele est muito longe algures dentro de um enorme barco que n o alcan o Tenho medo de que nunca mais volte Pai os sapatos azuis que me ofereceu antes de partir j n o me servem Volte Estou mais crescida e dizem que sou parecida com ele E em sil ncio que sinto o mar em sil ncio que pe o s ondas que levem beijos ao meu pai em sil ncio que regresso para casa dos meus av s A minha sede de saber era grande e a minha vontade de ver os meus pais era ainda maior Na parede do quarto tinha um mapa-m ndi onde estavam desenhadas as bandeiras de todos os Pa ses Com o dedo caminhava do Brasil para um qualquer porto nos Estados Unidos descoberta dos marinheiros descoberta do meu pai Ao lado deste mapa-m ndi tinha o mapa de Portugal A minha m e estava em Lisboa com a minha irm de dois anos E eu vivia no Algarve com a minha av Pai os sapatos azuis que me ofereceu antes de partir j n o me servem Volte E numa noite de festa da aldeia vi uma menina trapezista vestida de cor-de-rosa a caminhar com uma enorme graciosidade sobre uma corda que ia do sino da Igreja at ao outro lado da rua Parecia um anjo-do-mar At hoje essa imagem bel ssima continua a acompanhar-me Eu queria ser trapezista Sinto que estava muito s Ao longo da vida fui percebendo que fui capaz de ser trapezista porque era urgente sobreviver Mem ria II E um dia como que por magia os meus pais vieram buscar-me Traziam a minha irm com eles E foram abra os que envolvem abra os sentidos Tinha seis anos e ia come ar a Escola Prim ria no Alfeite um bairro militar onde viviam os meus pais Os meus amigos seriam os filhos de outros marinheiros Aprendi a pescar linha apanhei caranguejos e fiz gincanas de bicicleta no meio da nossa floresta Logo que termin vamos os trabalhos de casa corr amos para o nosso mundo m gico T nhamos cavado na terra dura da nossa floresta tr s sof s uma mesa e um quarto de dormir ramos os poderosos habitantes deste reino No outro mundo o da escola prim ria aprendi os rios os reis os caminhos-de-ferro de Portugal e prov ncias ultramarinas hellip A prim ria acabou...
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