O maior medo que a maioria das pessoas sofre é o da morte. O medo de perder a existência, de desaparecer da face da terra. Logo, a nossa maior busca inconsciente, é a busca de viver para sempre. Procuramos uma forma de prolongar a nossa existência. Inclusive nosso corpo tem mecanismos embutidos de autopreservação cada vez que algo não está funcionando de forma normal e equilibrada. Ali, temos o sistema imunológico entrando em ação para proteger o corpo contra invasores externos, temos o sistema de homeostases que ajuda a regular as diferentes funções fisiológicas de nosso corpo.
As pesquisas de como melhorar nossa saúde, os exercícios a fazer para ter um corpo saudável, os chás e ervas a consumir, as descobertas de fórmulas mágicas para melhorar e potencializar nosso cérebro… tudo isso se encaixa nessa busca de se perenizar. E, como, naturalmente, o corpo um dia vai morrer procuramos então prolongar ao máximo a nossa experiência terrena. Um ente querido que morre nos relembra da nossa própria mortalidade e nos entristece.
Convido você a analisar, comigo, a questão do medo sob a perspectiva da Biopsicologia, ciência cunhada pelo grande filosofo e mestre de Tantrayoga Shrii Prabhat Ranjan Sarkar, em 1986. A área da Bio-psicologia é muito vasta. Ela conecta a antiga ciência do tantra de Srii Sadashiva à ciência moderna pois a Bio-psicologia desenvolve o controle dos Cakras (Chacras), das glândulas e das emoções na busca da saúde e harmonias interna e externa. Essa nova ciência é um conceito que unifica Biologia, Psicologia e Cosmologia. Ela elucida de forma maravilhosa a relação mente-corpo e vice-versa mostrando a relação entre nossos estados mentais, instintos, emoções e as secreções hormonais das nossas glândulas endócrinas e redes de neurotransmissores conduzindo neuro-hormônios através do corpo inteiro. Assim, quando estamos tristes, alegres, amedrontados, o corpo inteiro fica triste, alegre e amedrontado. E assim se dá com todos os outros sentimentos.
Iremos ver, principalmente, como o medo afeta os três primeiros centros energéticos ou cakras. É importante notar que há 7 mil anos o primeiro professor de tantrayoga, o sr. Sadashiva desvendou a relação entre os instintos e os cakras. Fez também uma relação entre os estados instintivos ou emocionais com as secreções hormonais das diferentes glândulas endócrinas de nosso corpo. Existem assim 50 formas de expressões(vrttis) relacionadas à mente humana cujo centro de expressão é localizado em cakras (ou centros) específicos.