Com nossa autorreflexão construtiva e informada a respeito de nossa atividade de coaching, nos tornaremos profissionais mais maduros, mais equilibrados e com um propósito”.
A.Grant e S. O’Connor (2019)
O Coaching tem se expandido nas duas últimas décadas em diferentes áreas de atuação. Este crescimento quantitativo, entretanto, nem sempre tem sido acompanhado por ganhos qualitativos, fato este que tem estimulado a busca de alternativas que garantam a eficácia dos processos de coaching, sua sustentabilidade bem como a expertise dos que atuam nesta área.
As Previsões
Em 2008 a então prestigiada American Management Association (AMA) (Vickers, 2008) realizou um levantamento intitulado Coaching: A Global Study of Successful Practices envolvendo mais de 1.000 executivos e gestores americanos, europeus e do Oriente Médio.
Dentre os resultados obtidos nesta investigação, destacaram-se os seguintes:
1. Coaching era utilizado por 52% das empresas norte-americanas e por 55% das demais.
2. A popularidade do coaching estava em ascensão. As empresas que ainda não usavam coaching pretendiam adotá-lo num futuro próximo.
3. Coaching estava relacionado com elevação de desempenho.
4. Quanto mais clara a razão para o uso do coaching, maior a probabilidade deste processo ser considerado como bem-sucedido.
5. O futuro do coaching mostrava-se brilhante. Boa parte das organizações internacionais planejava implementar programas de coaching.
6. O coaching entre colegas (peer coaching) precisaria ser mais eficaz.
A partir dos dados coletados foram feitas algumas previsões para 2018:
1. A necessidade de coaches continuará a crescer. Os “baby boomers“ estarão se aposentando e será necessário formar uma nova geração de líderes.
2. Coaching amadurecerá como atividade, profissionais serão credenciados e participarão de associações e de consultorias.
3. Barreiras surgirão para ingresso nesta atividade. Certificações e avaliações serão mais rigorosas, especialmente no grupo que atua em ambientes corporativos.
Como afirmava o editor deste levantamento “o coaching será uma das chaves para desenvolver e reter no futuro o talento escasso e pensamos que as empresas que aprenderem a utilizá-lo adequadamente disporão de uma vantagem competitiva significativa no mercado global” (Vickers, 2008, p. vii).
Em 2018 Stewart, num artigo intitulado Coaching Trends and the Future of Coaching, propôs-se a responder a seguinte pergunta: O que há no horizonte para a profissão de coaching?
Dentre as tendencias identificadas pela autora destacamos:
1. A Inteligência Artificial (IA) não substituirá o coaching pois intuição, soft skills e comunicação são mais difíceis de serem substituídos pela máquina.
2. Habilidades de coaching tem se tornado comuns entre os que coordenam pessoas.
3. Seminários via web continuam crescendo, bem como trabalho à distância e reuniões virtuais.
4. Pesquisas científicas sobre coaching estão em alta.
5. Certificações em coaching estão crescendo.
6. Coaching continuará não regulamentado.
7. Clientes darão preferência a coaches certificados.
Com base nas tendencias acima identificadas, a autora fez as seguintes previsões para 2028:
1. Coaching continuará crescendo.
2. Os novos profissionais crescerão em número, os menos preparados e motivados tenderão a deixar esta atividade.
3. A tecnologia facilitará coaching à distância.
4. Preços serão mais acessíveis.
5. A regulamentação do coaching será alcançada em alguns países e exigirá certificação e adesão a um código de ética.
6. Formações através de treinamentos breves desaparecerão, permanecendo instituições e universidades reconhecidas.
Underhill (2018), num comentário sobre tendencias prováveis para coaching nos próximos 5 anos, segundo dados pesquisa da Executive Coaching for Results (ICF, 2018), nos traz as seguintes observações: