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Edição #92 - Janeiro 2021

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Transformação Digital, complexidade, pessoas e futuro

Falar de transformação digital é falar de gente, nunca de tecnologias, é falar sobre como as tecnologias exponenciais combinadas entre si podem mudar a feição da própria sociedade e sobre os benefícios que elas trazem às pessoas.

Tecnologias nunca foram uma finalidade em si, elas se esgotam, são meios pelos quais buscamos a melhoria da qualidade da vida humana, porém ao longo do tempo, o ser humano, pós 2ª. revolução industrial foi se transformando em máquinas insanas de alta produção, de roteirizações infindáveis, submetidos a processos monolíticos, cheios de hierarquias e de conhecimento fragmentado devido à presença de especialidades.

Na batida do capitalismo cruel, de se tirar tudo em curtíssimo espaço de tempo e suas exigências do curto prazo, pessoas foram sendo dizimadas pela pressão extrema que foi transformando pessoas em máquinas, que sistematicamente foram matando a criança interior em prol de jornadas incessantes de grande poder de produção, de pressões, muitas vezes agressões e muita exigência, mas não na Inteligência.

A felicidade, segundo o filósofo chinês Lao Tsé, poderia ser atingida tendo como modelo a natureza, do equilíbrio, da diversidade, da adversidade, da riqueza. Já Confúcio acreditava na felicidade devido à harmonia entre as pessoas.

Gradualmente no processo de transformação de pessoas em máquinas, a felicidade, um conceito tão necessário, mas tão intangível e tão buscado passou a ser algo difuso, num ambiente da felicidade idealizada que injustamente condenou os humanos a cederem aos encantos do TER em detrimento do SER.

Este processo transformou humanos em seres apáticos, tristes, sem vida, ansiosos, narcisistas, individualistas, para se dizer o mínimo. Os condenou a uma vida competitiva sem trégua, em um ambiente corrosivo, individualista, de sucessos repetidos obrigatórios e de remuneração pela competição. Algo completamente desprovido de sentido.

Muitas pessoas foram treinadas em suas educações de base a “serem alguém na vida”, conceito complicado quando se deve perguntar, afinal, o que é ser alguém na vida a não ser o fato de se ser somente e tão somente o que se é, de forma pura e inexorável. Utopia talvez, para muitos.

Amarras deveriam ser rompidas para que um respiro de sobrevivência pudesse aparecer. Não é tarefa fácil e invariavelmente, quando a crise bate à porta, aquele filme “B” passa na cabeça de muitos. O filme “B” sempre foi o pl ano “A” mesmo assim, pessoas não ouvem o chamado para a aventura, única propriedade dos heróis de fato, que colocam suas vidas acima de si próprios.

Pior. Muita gente ainda acredita que ser feliz é poder pagar boletos, em vida dedicada ao acumular bens, de ter mais que todos os outros, de construir raízes do ter, de impérios do acúmulo, gerado pelas pragas da vida moderna, como o capitalismo do excesso, da estetização do mundo, da sociedade individualista, da nova era dos extremos, de grande decepção, do efêmero, do cansaço e do burnout, da depressão.

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