revista-coaching-brasil-logo-1 icon-bloqueado icon-busca icon-edicoes icon-login arrow-down-sign-to-navigate

Edição #90 - Novembro 2020

Localize rapidamente o conteúdo desejado

COACHING : uma relação contratual

“Começar certo é meio caminho andado“

Provérbio grego.


Introdução

O tema contrato, apesar de sua relevância nos resultados a serem alcançados em processos de coaching, pouco tem sido abordado na literatura especializada nos últimos anos.

No caso específico do Coaching Executivo e Empresarial, devido a complexa rede de interações que envolvem o processo, torna-se necessário estabelecer contratos claros e objetivos  entre Coach, Coachee, Organização/Stakeholders. Trata-se de um dos pré-requisitos essenciais para a construção de relacionamentos produtivos entre todos os envolvidos.

Como relata Scoular (2011, p. 61) “ Nas raras ocasiões em que algo dá errado em coaching e as pessoas me procuram, 99% dos casos estavam relacionados com a contratação”.

As relações que se estabelecem entre os envolvidos, particularmente em processos de Coaching patrocinados por organizações produtoras de bens e serviços, tendem a ser diferentes daquelas a que estamos habituados no nosso cotidiano.

Constituem interações horizontalizadas que, teoricamente, não envolvem  relações de poder/autoridade /subordinação. São relacionamentos de parceria, alianças de trabalho em busca de resultados que só poderão ser alcançados através do comprometimento e da colaboração entre as partes. 


Relações Contratuais

Consideramos dois tipos de relações contratuais : Simples e Complexas.

• Simples são aquelas que se estabelecem entre coach e coachee e são de iniciativa pessoal do coachee, que se responsabiliza também pelo pagamento das sessões. É o caso do chamado coaching de vida, uma relação sem qualquer vínculo com terceiros, na qual coach e coachee definem, de comum acordo, os termos do contrato.

• Complexas são as que envolvem terceiros, os stakeholders e a organização  patrocinadora, da qual o coachee faz parte, como é o caso do coaching executivo e empresarial.

• Neste cenário as interações , por serem multidirecionais, poderão gerar falta de alinhamento de demandas e expectativas do coachee e dos stakeholders/organização nem sempre coincidentes, o que exigirá  um trabalho prévio de compatibilização. Além disso, certas demandas poderão estar fora do âmbito de processos de coaching executivo, ou a chefia imediata e/ou RH não se dispõem a participar do acompanhamento do processo.

• Tais condições elevam o nível de complexidade destes contratos, quando comparados com o coaching um-a-um no qual o próprio coachee é o  cliente e o patrocinador.

English (1975) desenvolveu o chamado “contrato de três pontas”, conceito este que sintetiza a dinâmica das relações entre coach/coachee/organização/stakeholders.

Às vezes, o representante da organização busca intervir em aspectos profissionais do contrato, sem se dar conta dos seus eventuais efeitos negativos. Um exemplo é definir a priori, e de forma unilateral, não só os resultados a serem alcançados, mas também o prazo para que isto aconteça.  

“O contrato de três pontas alerta para a necessidade de os contratos  coach/coachee, coach/organização e coachee/organização serem coerentes entre si e mutuamente negociados para viabilizar um processo de coaching que atenda simultaneamente as necessidades de desenvolvimento do coachee e os resultados positivos da organização” (Krausz, 2007, p. 90).

Trata-se, de um conjunto de subcontratações que envolvem:

• Meu contrato : Coach/Organização (stakeholders)

Para ler este artigo completo...
Faça login ou conheça as vantagens de ser premium.
Faça seu login Veja as vantagens de ser Premium
Gostou deste artigo? Confira estes da mesma coluna:

O Mundo Empresarial em Mutação e os Desafios do Coach Executivo

Embora nos idos de 2002 Paige (2002, p. 61) tenha feito a  afirmação acima,  esta construção/reconstrução  da identidade do coaching executivo continua buscando  compatibilizar-se com as demandas contemporâneas, fruto das  profundas e rápidas transformações do mundo empresarial. A autora nos surpreende com a atualidade e amplitude de suas observações, muitas... leia mais

23 minutos

Afinal, o que Determina a Efetividade dos Processos de Coaching Executivo e Empresarial?

INTRODUÇÂO Trata-se de um tema presente na literatura especializada de coaching nas últimas décadas em inúmeros trabalhos que buscam identificar um conjunto de fatores responsáveis pela efetividade deste processo.  As primeiras investigações sobre esta efetividade datam do fim dos anos noventa e a primeira década do novo século, tais como as  realizadas por Peterson... leia mais

23 minutos

Coaching Executivo: Para Onde Vamos?

“A mudança é, ao mesmo tempo, criativa e destrutiva” Heráclito (Filósofo grego) A rapidez e a profundidade das mudanças no mundo contemporâneo já não mais nos surpreendem. Um desafio dos que ocupam posições de liderança nas organizações é mantê-las atuantes, eficazes e capacitadas a conviver construtivamente com um contexto mutante e imprevisível. ... leia mais

23 minutos

Intuição em Coaching Executivo

“Há indicações de que entidades profissionais estão reconhecendo a significância do papel da intuição na aprendizagem e no desenvolvimento” P. Mavor, E. Sadler-Smith e D.E. Gray (2015, p3). Introdução Vários Coaches experientes afirmam utilizar a intuição no seu trabalho. Outros  consideram a intuição como um aspecto crítico da prática do coaching.... leia mais

22 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium