Sempre que surge o tema da espiritualidade, numa conversa formal, num bate-papo entre amigos, numa sala de aula ou num seminário de líderes, usualmente surgem reações como:
- por que estamos falando de “religião”? Esta conversa vai gerar confusão entre nós!
- o assunto estava tão bom, agora não é a hora de se falar de espiritualidade!! Será que não perceberam que aqui não é o lugar de falarmos disto?
- o que esta espiritualidade tem a ver com o meu dia a dia, as minhas atividades? Estou tão sobrecarregado que não tenho mais paciência para estes temas!
A religião é muitas vezes confundida com espiritualidade. O termo espiritual é usado muitas vezes para se contrapor ao termo material ou mundano. A espiritualidade é a crença que existe algo maior que os aspectos materiais da vida. Existem coisas tangíveis e intangíveis. Segundo Elkins: Espiritualidade, que deriva do latim spiritus, significa “sopro”, em referência ao sopro da vida. Envolve também o sentimento de gratidão pela vida, o desenvolvimento de ver o sagrado nos fatos comuns, de remeter a uma questão universal referente ao significado e ao propósito da vida, de ter fé, de amar, de perdoar, de adorar, de transcender o sofrimento e de refletir sobre o significado da vida. O conceito de espiritualidade adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é o conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material que pressupõem que há mais no viver do que se pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo o indivíduo a questões como o significado e o sentido da vida, não necessariamente a partir de uma crença ou prática religiosa.