Acaso você imaginaria um CEO de uma grande empresa, MBA em Harvard, fazendo uma constelação como passo inicial de um processo de coaching? Isso aconteceu, e nos economizou algumas sessões, ou, se preferir, tornaram o processo de coaching mais cirúrgico.
O CEO em questão chega ao meu escritório para uma entrevista inicial para um processo de coaching. Contexto: Ele é jovem, ocupa a cadeira há mais ou menos quatro anos, sendo os três primeiros, parte de um processo de preparação para essa posição, período em que estava muito próximo de seu antecessor. Até aqui, tudo parece bem. No seu quarto ano de mandato, a empresa passa por um processo de fusão que a torna líder em seu segmento. O board de acionistas mais que dobra de tamanho, seu time executivo aumenta significativamente, numa cultura que surge meio espontaneamente, tal como uma planta que surge numa rachadura do asfalto, e ele nem sabe dizer que plantinha é essa. De um lado, pressão vinda dos acionistas para cumprir a promessa e os números que criaram sinergia e sentido para o movimento de fusão. De outro lado, um time executivo que não se conhecia bem, ou melhor dizendo, até a fusão eram arquirrivais. Mais um pouco abaixo, os colaboradores querendo mais luz e entendimento do que era essa nova empresa.
Passados cerca de 10 meses após a oficialização da fusão, estávamos sentados em meu escritório para contratar um processo de coaching para esse CEO. A complexidade do contexto desse CEO preencheu todos os espaços, usou todas as palavras e todos os silêncios disponíveis na nossa conversa. E pedia mais. Pensei em utilizar a constelação individual como um primeiro passo, e ao mesmo tempo me vinha a imagem do quanto uma constelação com representantes o ajudaria muito mais. Expliquei as diferenças de resultado se optássemos por uma via ou por outra. Não nego que fiquei muito contente quando ele optou pela constelação com representantes.