Os idosos têm maturidade, experiência, competências e vivências para lidar com aspectos comportamentais e de relacionamentos, o que falta nas gerações mais jovens. Os muitos anos possibilitam esse positivo acúmulo, que um dia os jovens, ao se tornarem idosos, com certeza terão. Isso pode transformar-se em sabedoria, criando o arquétipo do “velho sábio”, na medida em que o idoso desenvolva sua consciência para resgatar a dignidade de seu papel na sociedade. Esse é um processo de aprendizagem que cada um deve enfrentar, se quiser chegar lá.
Cada pessoa é única, mas, de forma muito geral, podemos dizer que os idosos querem sentir-se úteis à sociedade, que suas competências sejam usadas, que sua longa experiência de vida sirva de referencial para os mais jovens. O idoso quando tem também o papel de aposentado quer ser ativo e útil. Não quer “ficar no aposento”! Em nossa realidade brasileira, um grande número de idosos precisa receber uma retribuição financeira por seus serviços, para complementar o que recebem em suas aposentadorias, muitas vezes insuficientes para cobrir as despesas.
Os idosos têm muitas competências que podem ser úteis às organizações, quer sejam onde tenham trabalhado, quer em outras que necessitem de seus conhecimentos. Isto gera um saudável movimento ganha-ganha, onde a organização ganha, o idoso ganha e porque não dizer que a sociedade também ganha. O ambiente organizacional precisa ajustar-se a essa tendência demográfica, pois os idosos, tendo trabalhado por décadas, não estão nessa fase da vida mais dispostos a longas jornadas de trabalho, a trabalhos nos finais de semana ou aturar chefes que não sabem liderar pessoas e equipes. Mas, dentro de suas realidades, trazem competências, lealdade e dedicação. Há iniciativas de uma nova legislação, o RETA – Regime Especial do Trabalhador Aposentado, que cria condições especiais para esse segmento, com estímulo à contratação de aposentados.