icon-bloqueado icon-busca arrow-down-sign-to-navigate

Edição #62 - Julho 2018

Localize rapidamente o conteúdo desejado

Como vender Coaching

O convite do Luciano Lannes, editor da Revista, para coordenar este dossiê, veio ao encontro de um desejo muito grande de poder compartilhar minhas reflexões sobre este tema. A venda já esteve muitas vezes presente na minha vida. Quando ainda era criança, montei uma barraquinha para vender revistinhas, os conhecidos gibis, para os pedestres que passavam; no ensino médio desenhava, mandava fazer e vendia malhas, atividade que mantive durante a universidade. Mais tarde, ao ingressar em uma grande empresa, fui designada para atender, como consultora de RH, a Diretoria Comercial e, ao chegar à sala do diretor, meu principal cliente, visualizo atrás de sua cadeira um troféu de melhor vendedor, adornado com duas picaretas cruzadas e presas em uma estrutura de madeira. Compartilho estas vivências para dizer que, de alguma forma, sempre me senti à vontade com a venda e que foi um choque de realidade ao reconhecer o quanto esta imagem do vendedor como um “picareta” permeou o inconsciente coletivo ou mesmo muitas ações conscientes. O que é lamentável. Pois se trata de um processo natural entre pessoas. É o que de fato acontece quando existe uma oferta e uma demanda. Por mais passiva que seja, ainda assim é uma venda. O tema COMO VENDER COACHING vem em um momento onde este processo encontra inúmeras possibilidades para acontecer. Ainda existe pouco material sobre coaching e menos ainda sobre como vendê-lo. O Coaching se caracteriza como um serviço, mas em qual categoria se enquadra? Saúde, administração, gestão, RH, diferentes possibilidades, entre outros. Ainda consta no código de ética de algumas entidades de classe, principalmente de atividades ditas liberais, que colocar anúncio ofertando trabalho fere o código de ética da atividade. E o que dizer hoje com Facebook, Linkedin, Instagram, as diferentes possibilidades dentro do marketing digital? Estamos fazendo alterações “em pleno voo” porque, certamente, o dinamismo das mudanças é maior e mais rápido que as definições que os conselhos possam propor. Penso que, diante deste cenário onde ainda tantos questionamentos estejam tão vívidos, mais ainda se torna premente que tenhamos espaço para compartilhar ideias, avaliar opções e fazer escolhas em como nos apresentar para este mercado em franca expansão.

Para isto, sigo agradecendo, pois além deste desafio que Lannes propôs, encontrei colegas de atividades que se dispuseram a parar e contribuir com esta edição. Maria Angélica abre este dossiê nos instigando a pensar no que estamos a oferecer, o que no caso do Coaching, somos nós. Premissa que encontra sustentabilidade à medida que isto é coerente com aquilo que cremos. Na sequência, continuamos esta caminhada quase em uma sequência lógica, onde Clenir aborda a importância de identificarmos com o que e quem realmente queremos trabalhar, com o artigo “Quem Somos e Quem São Nossos Clientes”, tema que nos faz mergulhar ainda mais no mundo mercadológico. Mas como não relevar o tamanho das cidades e o quanto isto pode conter variáveis diferenciadas? Ediane nos conta sua experiência com o tema “Como vender em pequenos centros”. Temos consciência de quantas tantas maneiras de vender existem e as tantas variáveis intervenientes, mas nesta edição optamos por falar sobre imagem, com o artigo de Camila – “Divulgação da Imagem – Qual o ponto do equilíbrio?” e também temos o artigo de Dionéia, “A importância do Email Marketing para os profissionais de Coaching”. Concluímos com o meu artigo “Quando o ‘boca a boca’ funciona”.

Após ler todos os artigos, constatei que, ao abordar os diferentes temas, muitas reflexões se perpassam, o que não poderia deixar de ser quando falamos de uma intervenção cujo instrumento é o ser humano pois, afinal, não somos dissociados e assim não terminamos aqui e começamos ali. Nossas ações, ao nos apresentarmos no mercado de Coaching, estão amarradas entre si. Espero que gostem. Uma ótima leitura e excelentes reflexões!

Artigo publicado em 25/07/2018
Gostou deste artigo? Confira estes da mesma coluna:

Action Learning: Uma Jornada de Transformação que Continua

Quando recebi o convite do Luciano Lannes para coordenar esta edição especial sobre Action Learning, confesso que meu coração disparou. Foi uma mistura de alegria, gratidão e aquele friozinho na barriga de quem recebe uma oportunidade incrível. Agradeço demais pela confiança e pela chance de contribuir com algo tão significativo para nossa comunidade. Seis anos se passaram desde a... leia mais

7 minutos

Cultura Organizacional: a força invisível que sustenta resultados

A cultura de uma organização é a trama invisível que orienta decisões, molda comportamentos e sustenta resultados. Mais do que pano de fundo, ela é protagonista: o diferencial competitivo que define se uma empresa apenas sobrevive — ou se prospera com consistência. É com esse espírito que tenho a alegria de conduzir esta edição da Revista Coaching Brasil. Agradeço à revista... leia mais

3 minutos

Revisitando os Fatores que Impactam os Resultados do Coaching Executivo e Empresarial

“Vale a pena considerar os fatores que impactam a eficácia do coaching antes de  usa-lo”  CCC Blog- Center for Coaching Certification.   Um dos temas recorrentes dos processos de coaching refere-se a análise dos fatores que poderão impactar negativamente seus resultados. Já nos idos de 2007 Orenstein (p. 143) identificou as seguintes falhas potenciais do coaching... leia mais

23 minutos

Muito além das técnicas: o que realmente está em jogo com as Estruturas Libertadoras

As Estruturas Libertadoras vêm ganhando espaço em organizações, comunidades e escolas. Mas, apesar de sua aparente simplicidade, sua potência vai muito além das técnicas. compartilhamos reflexões sobre como crenças invisíveis sobre controle, autoridade e previsibilidade incentivam ou limitam a aplicação das ELs - e como a prática intencional pode nos convidar a uma verdadeira... leia mais

10 minutos

Estruturas Libertadoras

“Assim como as águas de um rio, as Estruturas Libertadoras tomam a forma das margens que tocam: adaptando-se a padrões similares em todas as escalas e em cada contexto local” Keith McCandless, codesenvolvedor das ELs   É difícil não se impressionar com a versatilidade e potência das Estruturas Libertadoras. Elas atravessam fronteiras geográficas, culturais e institucionais... leia mais

2 minutos
O melhor conteúdo sobre Coaching em língua Portuguesa
a um clique do seu cerébro
Seja Premium