“Nossa existência é um aprender e crescer contínuos, uma aventura
infindável de autodescoberta, de crescimento e desenvolvimento,
que nos permite amadurecer com as experiências do passado,
vivenciar e aprender o presente, sonhar e construir o futuro.”
R. R. Krausz (2012, 179)
Introdução
Embora vivamos na chamada era do capital humano e do capital social e dispormos de conhecimentos e experiências que comprovam a importância dos fatores intangíveis nos resultados das empresas produtoras de bens e serviços, as práticas que orientam a gestão de pessoas ainda deixam muito a desejar.
Só no Brasil, o fim de 2016 contabilizou três milhões de novas ações trabalhistas, cuja solução levará anos para ser alcançada.
Como lembra Rosabeth M. Kanter (2002), cenários de imprevisibilidade exigem que se adote a estratégia do teatro de improvisação, pois não existem dados acumulados a respeito destas condições inéditas.
A contínua pressão, o rápido suceder de novas gerações que ingressam no mundo do trabalho, dificuldades dos processos sucessórios, lealdade diminuída, estresse, são alguns dos fatores que absorvem parte significativa da energia e atenção da força de trabalho, gerando insatisfação e disfuncionalidade nas organizações.
O que é Análise Transacional?
“Análise Transacional é uma teoria de personalidade e de relações humanas que oferece métodos sistemáticos para o crescimento pessoal e desenvolvimento profissional.” (ITAA, 2011).
A Análise Transacional constitui um conjunto integrado de conhecimentos sobre comportamento humano, que pode ser caracterizado como:
- Uma filosofia baseada numa visão humanística dos indivíduos;
- Uma teoria de desenvolvimento humano que abrange os aspectos intrapessoais, interpessoais e psicossociais;
- Um aparato conceitual sistêmico que possibilita a cada indivíduo compreender a dinâmica comportamental e implementar um processo de mudança autodirigida de valores, comportamentos e percepções.
A Análise Transacional foi desenvolvida por Eric Berne, um psiquiatra canadense, a partir de seus estudos sobre intuição (2008), que se expandiram gradativamente para áreas como personalidade, autoconhecimento, comunicação, comportamento social, (Krausz, 1980) trajetória de vida e dinâmica grupal.
A partir de 1964, com a publicação de seu best seller mundial, “Os Jogos da Vida” (Berne), a Análise Transacional ultrapassou o campo restrito da psicoterapia e estendeu-se para a educação e, principalmente, para o mundo corporativo, sempre com o objetivo de maximizar o uso do potencial humano.