Para iniciarmos este tema é preciso nos perguntar:
- Onde começam os conflitos?
- Quais são os pontos (nevrálgicos) que estão presentes na organização e que, muitas vezes, passam desapercebidos?
- Quais questões são frequentes e que causam desconforto?
- Por que não são cuidados?
- Quais são as consequências dos conflitos, na dinâmica das organizações e na vida das pessoas?
Para responder a estas perguntas, vamos lançar mão de informações concretas sobre as causas dos conflitos e outras de âmbito mais emocional.
Em 2009 a KPMG realizou uma pesquisa mundial e encontrou os seguintes números:
- 30 a 50% do tempo de trabalho semanal das lideranças em todos os níveis são dispendidos de forma direta ou indireta com atritos, conflitos e suas consequências.
- 10 a 15 % do tempo de trabalho em cada organização são dispendidos com a gestão dos conflitos.
A questão é entender o que está por trás destes números. E por que as organizações são geradoras dos seus conflitos?
Temos dúvidas se estes dados permanecem iguais, se reduziram ou se evoluíram. A complexidade atual no mundo corporativo nos faz pensar que estes percentuais são até maiores hoje. Vamos considerar a longevidade da população e, consequentemente, a permanência no mercado de trabalho de pessoas com mais idade. Segundo projeções das Nações Unidas, no que diz respeito ao envelhecimento mundial da população, em 1950, 8% da população tinha mais de 60 anos, hoje este número cresceu para 11% e até a metade deste século deverá dobrar para 22%.
Lembremos dos programas de aposentadoria compulsória para funcionários com 45 anos. Inacreditável. Hoje, vemos pessoas com uma vida produtiva bem mais longa, com uma energia enorme, contribuindo com as organizações e se desenvolvendo até mais de 65 anos.