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Edição #42 - Novembro 2016

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Um outro olhar

Nossa Coach Maria apresenta o seguinte caso:
Tenho dúvidas em continuar o processo de coaching com uma cliente: trata-se de uma executiva do mercado financeiro que foi demitida recentemente. Em nossa primeira conversa ela falou sem parar e atribuiu a demissão aos equívocos de seu gestor. Compartilhou também que faz terapia, o que me deixou mais tranquila. Em nossa segunda reunião, a primeira sessão de coaching de fato, a cliente chegou muito arrumada, em trajes muito formais. Disse que me achou arrogante, mas que quer fazer coaching comigo porque tenho o perfil das pessoas do mundo corporativo. Sinto que fui atacada de maneira gratuita e não sei se serei capaz de levar adiante este processo de coaching. Como proceder?

Oi Maria, você traz um tema central para os processos de coaching: o relacionamento com confiança entre cliente e coach, a aliança entre você e sua cliente é fundamental para que o processo de coaching se desenvolva de forma construtiva. Parece que sua pergunta, Maria, é se vocês conseguirão construir uma relação de confiança. Convido você a refletir sobre o contexto no qual sua cliente se encontra para depois considerar diferentes níveis de reflexão apresentados por Michael Carroll (2010). Perceber onde sua cliente se encontra em termos de prontidão para refletir, pode ajudar você a compreendê-la de maneira mais generosa e paciente, o que pode ajudar na formação da aliança.

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