“A verdade que torna os seres humanos livres é, na sua maior parte, a verdade que eles preferem não ouvir.”
Herbert Agar, "A Time of Greatness" (1942)

O aumento de questões relacionadas ao não cumprimento dos princípios da ética profissional tem sido objeto de preocupação dos especialistas, particularmente em atividades emergentes.

O Coaching, em geral, e o Coaching Executivo e Empresarial, por serem atividades profissionais não regulamentadas, apresentam alta permeabilidade e como tal, uma indefinição de pré-requisitos mínimos que facilitem a identificação de indivíduos minimamente preparados para esta prática.

Tal situação, aliada a determina­dos apelos do mercado, cria con­dições que não favorecem uma prática pautada em princípios éticos específicos do Coaching Executivo e Empresarial cuja im­portância, existência e necessi­dade nem sempre são suficiente­mente enfatizadas.

No entanto, tanto os especialis­tas, quanto os responsáveis pela formação de Coaches Executivos reconhecem o quão importante é conscientizar e informar os que ingressam nesta atividade sobre os princípios que regem a prática e metodologias que incorporam um conjunto de princípios de na­tureza proativa, característicos de processos de Coaching Exe­cutivo bem sucedidos, éticos, efi­cazes, respeitosos, breves, trans­formadores e de alta potência.

A Ética “pode ser entendida como um conjunto de valores através do qual indivíduos e grupos es­tabelecem e atualizam formas de comportamento e de atuação baseadas em modelos e conceitos sancionados num determinado contexto sociocultural” (KRAUSZ, 2011)

Sócrates, na sua constante busca pela “verdade”, já considerava a Ética como a prática de tornar­-se excelente como ser humano. Ser ético, entendemos, é estar consciente de que certos com­portamentos, valores e posturas poderão ser aceitáveis ou inacei­táveis num certo contexto e que as opções de aderência a estes comportamentos, valores e pos­turas são basicamente uma res­ponsabilidade individual.

PASSMORE e MORTIMER (2011) identificaram 5 fontes de “dile­mas éticos” na prática do Coa­ching Executivo nas organiza­ções: