“Não é o financeiro. Não é a estratégia. Não é a tecnologia. É o trabalho de equipe que continua a ser a vantagem competitiva decisiva, tanto pelo seu poder como por ser raro.”
(Patrick Lencioni, 2002: VII)
A partir de estudos realizados por Schein (1969, 2003), Burke (2002), Beckhard & Harris (1977) e Argyris & Shon (1978) e aliado à suas práticas, os autores começaram a observar que os trabalhos que vinham sendo realizados de Team Building, Desenvolvimento Gerencial, Desenvolvimento de Equipes - não atendiam a todos os aspectos necessários a serem considerados e desenvolvidos nas equipes que compõem as organizações. Esta constatação sempre nos inquietou, pois não reconhecíamos nas intervenções disponíveis uma abordagem totalmente focada no resultado e que fosse tão eficiente no simultâneo desenvolvimento das pessoas que compõem as equipes. Isto faz sentido e nos estimula à medida que encontramos, na prática, esta realização que pretendemos agora compartilhar com os leitores.
Para Hawkins (1950), os trabalhos que vinham sendo realizados não respeitavam o que ele chama – As cinco disciplinas – clarificar, comissionar, co-criar, conectar e a integração de todas estas. Afirma Hawkins (1950) “Acredito que estamos neste momento no meio de uma transição no desenvolvimento da equipe onde o foco está centrado na performance interna e no processo desta (Disciplinas 2 e 3) para o Coaching Sistêmico de Equipes onde incidem todas as cinco disciplinas ao longo de todos os estágios pelos quais passa a equipe durante sua existência.” (pág. 48).
- Clarificar – estabelecer, com os membros do grupo o propósito e regras de funcionamento, entre outras.
- Comissionar – estabelecer a demanda, ou seja, o resultado esperado pelos stakeholders*.
- Co-criar – criação e realização do trabalho em conjunto.
- Conectar – manter-se sempre em conexão com os stakeholders para não perder o sentido do trabalho frente ao “cenário” no qual está inserido.
- Integrar – processo dinâmico, cíclico onde se estabelece a aprendizagem através da reflexão, planejamento, realização e avaliação.
Esta transição, da qual Hawkins fala, se observa na prática. Até então, nenhuma intervenção, na visão deste autor, considerava o envolvimento dos stakeholders na definição da demanda do resultado esperado com tanta relevância e de uma forma tão sistematizada. O envolvimento dos stakeholders é essencial para que ao final do exercício das 4 disciplinas, a equipe tenha uma visão acima, ou seja, consiga fazer uma integração e ter uma imagem sistêmica mais ampla e mantenha o aprendizado obtido de maneira constante e desenvolva níveis cada vez maiores de funcionamento e desempenho.