Nosso coach João nos traz uma situação interessante, que pode ter acontecido ou acontecer com você:
-Tenho uma cliente, muito engajada e motivada que, em um de nossos encontros, abordou um assunto complexo e profundo pra ela. Ao final do encontro disse que minhas perguntas foram profundas, certeiras, que trouxeram grandes insights e que aquela fora a sessão mais produtiva que tivemos. Disse ainda que saía com uma enorme energia de transformação, ação, etc. Depois disso, começou a remarcar as reuniões, pediu um tempo para voltar a marcar a próxima, dando as mais variadas desculpas. De tempos em tempos eu fazia um contato, mas ouvia um “ainda não”. Outro dia, ela finalmente envia um Whatsapp dizendo que deseja encerrar o processo. Minha cliente deve estar fugindo de coisas que não quer enfrentar. Como devo agir neste caso?
Se perguntamos a alguém “você quer ser feliz, ganhar dinheiro, ter saúde?”, acredito que em 100% das respostas ouviremos um “sim” sem pestanejar! Se acrescentarmos um olhar profundo, e um “você realmente quer?”, talvez a taxa comece a cair. Por vezes temos lealdades inconscientes com padrões que passam despercebidos, que muitas vezes constroem nossa realidade. Por exemplo, algumas pessoas melhoram de vida um pouco além de sua família de origem. Se por alguma razão mudam de classe social mais radicalmente, como ao ganhar na loteria, tornar-se artista ou atleta famoso, vemos que de algum jeito muitas destas pessoas literalmente queimam este dinheiro e no fim retornam para sua situação financeira de origem. Tal sorte, que por vezes optamos pelo mundo a nós conhecido, mesmo que não inteiramente satisfatório. Às vezes não há nada mais assustador que a estranheza, a sensação de desconjuntamento.