Era uma vez um rei que havia esquecido o velho conselho dos s bios segundo o qual quem nasce na comodidade e no conforto precisa fazer um esfor o pessoal maior do que os outros Mesmo assim era um rei justo e popular Um dia quando viajava para visitar uma de suas terras mais distantes uma tempestade desabou e separou o seu barco de sua escolta A tempestade serenou depois de sete dias de f ria O barco havia afundado e os nicos sobreviventes do naufr gio foram o rei e sua pequena filha pois eles de algum modo haviam conseguido subir numa balsa Depois de muitas horas a balsa foi jogada numa praia de um pa s totalmente desconhecido para os viajantes Inicialmente foram recolhidos por pescadores que cuidaram deles e que depois de algum tempo disseram - Somos muito pobres e n o podemos continuar a mant -los Se caminharem para o interior quem sabe poder o encontrar os meios para ganhar a vida Agradecendo aos pescadores e sentido pesar por n o poder conviver com eles o rei come ou a vagar pela regi o Ele e a princesa foram de aldeia em aldeia de povoado em povoado buscando comida e ajuda N o aparentavam ser melhores do que mendigos e assim eram tratados s vezes conseguiam alguns peda os de p o outras vezes palha seca para dormir Cada vez que o rei procurava melhorar sua situa o pedindo trabalho perguntavam-no - O que voc sabe fazer O rei ent o se dava conta de que n o era capaz de realizar as tarefas exigidas e retornava seu caminho Em todo o pa s existiam poucas oportunidades de tarefas manuais pois havia muitos trabalhadores especializados medida que iam de lugar para outro o rei cada vez mais se dava conta de que ser rei sem pa s era uma condi o in til Ele refletia cada vez mais sobre o prov rbio dos anci os que dizia S pode ser considerado seu aquilo que puder sobreviver a um naufr gio Depois de tr s anos...