अमन्त्रम्-अक्षरं नास्ति नास्ति मूलम्-अनौषधम् ।
अयोग्यः पुरुषो नास्ति योजकस्-तत्र दुर्लभः ॥
(Não há som que não seja um mantra, nem planta que não seja medicinal.
Não existe pessoa indigna, o que falta é um ‘facilitador’.)
Um novo ano... um novo ciclo. Mas, será que conseguimos percorrer esta nova jornada sozinhos? Ao olhar em volta, sinto, cada vez mais, a necessidade de colaborar. Parece simples... não é? Contudo, à medida que refletimos sobre o verdadeiro significado de colaborar, percebemos que esta arte está longe de ser trivial.
Recentemente, numa sessão de Coaching de equipa, ouvi: "Já fiz muitas formações, desenvolvi muitas competências… é-me impossível trabalhar junto com ele: principiante, não conhece as regras e ainda tem muitíssimo para aprender. É simplesmente um grande passo atrás para mim!". A frase deixou-me pensativo.
Será que é realmente impossível? Será que é mesmo um passo atrás? Procuramos sempre, sem pensar muito, pessoas que tenham o mesmo nível de competências que nós, que partilhem uma visão semelhante, que pensem e ajam de forma alinhada conosco. A sintonia é natural, as ideias fluem sem grandes atritos e os resultados surgem de forma orgânica. É confortável e eficiente.
Pensemos, por exemplo, no tango. É simples dançar com alguém que está no mesmo nível que nós. Os dois conhecem os passos, sentem o mesmo ritmo, seguem a melodia com facilidade. A conexão é, muitas vezes, natural. A dança acontece quase como se fosse um diálogo fluido e elegante. Mas, se o par for um iniciante? É aqui que os desafios começam.