Dizem que os grupos de caravanas comerciais marroquinas que caminhavam no deserto, descansavam em barracas chamadas de “jaimas”. Estas barracas permitiam que as pessoas se protegessem do frio e de animais. Nas “jaimas” os caminhantes se sentavam em círculo ao redor do fogo onde contavam histórias do deserto e bebiam o chá com hortelã e açúcar, típico do Marrocos.
O chá para o marroquino tem uma simbologia importante pois, para eles o convívio começa com a oferta do chá. Ele representa a primeira marca de hospitalidade e relacionamento entre as pessoas.
Em uma fase inicial do processo de coaching de grupo e de equipes é muito importante unir as pessoas e fazer com que elas se conheçam um pouco, para que se sintam à vontade para trabalhar juntas e relaxadas antes de se aprofundarem em temas que podem ser novos, difíceis e/ou cansativos.
O “check-in” em um processo de coaching coletivo assemelha-se ao chá ofertado pelos marroquinos, ou seja, uma forma de promover o convívio entre os membros de um grupo ou equipe.
É importante ressaltar que o “check-in” é um processo voluntário, onde ninguém pode ser obrigado a falar e nem compartilhar o que não desejar.
Para que o trabalho grupal siga e atinja seus objetivos, é essencial que todos os membros se sintam ouvidos, pertencendo a aquele grupo naquele momento presente, e que isto perdure durante toda a jornada que construirão juntos. Por este motivo, o coach tem como principal papel, dar voz a todos, explicitar que cada indivíduo é único, que cada um tem seu valor no grupo, que é possível apropriar-se das diferenças entre os indivíduos e brindá-las.