Saber pensar não é só pensar. É também, e sobretudo, saber intervir. Quem sabe pensar, não faz por fazer, mas sabe por que e como faz. (Pedro Demo)
O progresso sem mudança é impossível, e quem não consegue mudar a própria mente não consegue mudar nada. (George Bernard Shaw)
As convicções são inimigos da verdade mais perigosos do que as mentiras (Nietzsche)
Nesses tempos de transformações profundas e aceleradas é necessário, mais que nunca, desenvolver bem a habilidade de saber pensar, de repensar e pensar diferente sob pena de perder o “trem da história”.
Se o humano –“homo sapiens sapiens”-, se caracteriza pela capacidade de raciocinar, então é preciso fazer valer esse atributo, pois do contrário, corre-se o risco de cair no automatismo, na alienação e na repetição acrítica do que outros afirmam. Isso implica em um grande investimento no processo de aprendizagem.
E é bom lembrar que, como diz David Bohm, o pensamento é um sistema e é extremamente afetado pelos sentimentos, o que implica em saber pensar com inteligência emocional.
Esse não é um exercício simples e fácil, até porque corremos o risco de ficar apegados às nossas crenças, hábitos e saberes que precisam ser continuamente questionados. Não mudar o pensamento, não aceitar outros pontos de vista, acreditar-se como “donos de verdades intocáveis”, significa enrijecimento da mentalidade e do pensamento. Rigidez é característica dos cadáveres. O mundo que se transforma em alta velocidade exige maleabilidade, exige flexibilidade e mente aberta.
A disposição para abrir a mente para pensar, repensar e pensar diferente é o princípio do discernimento e da sabedoria. E o mundo precisa tanto de pessoas sábias! As organizações precisam tanto de lideranças sábias!
Pessoas e organizações que não investirem no desenvolvimento do pensamento estão fadadas a perder competitividade em um mundo que exige inovação, analítica crítica, autonomia, discernimento e sabedoria para tomada de decisão, entre outras competências imprescindíveis à gestão.
Pedro Demo, uma grande referência da Educação, afirma que a ligação mais forte do saber pensar é a gestação da autonomia. Nesse sentido, o papel de todo educador – e eu incluo aqui o papel do coach -, é a de ser um facilitador no sentido de motivar, chamar a atenção, criticar, abrir oportunidades, provocar e desafiar para que a autonomia seja conquistada.