Peço licença a você, leitor, para compartilhar minhas crenças sobre medo, iniciando com uma reflexão desafiadora: O que é a vida senão uma grande escola para aprendermos a lidar (com) e a enfrentar nossos medos? Imagine-se numa escola chamada vida: No primeiro ano medos primários, se aprendemos a lidar com eles passamos ao segundo ano - medos complexos; depois ao terceiro: medos sutis e assim por diante. Quanto mais rápido aprendemos a acolher, lidar e conversar com nossos medos, para transformá-los, mais rápido evoluímos.
O que você acha? Concorda comigo?
A maioria de nossos medos tem origem na infância. Grande parte do que acredito, sobre medo está baseada nas teorias de Richard Barrett, nas quais me certifiquei, como coach e a quem tive a honra e o prazer de conhecer.
Durante muitos anos, exercendo as múltiplas funções de professor universitário, consultor, coach e mentor, e me relacionando com muitos líderes, percebi e constatei, que o medo está ligado, muitas vezes inconscientemente, aos quatro primeiros níveis da hierarquia de necessidades de Maslow, as chamadas necessidades baseadas em deficiências: fisiológicas, de segurança, de amar e pertencer e de autoestima, as quais, não geram um sentimento de satisfação duradoura fazendo com que o indivíduo viva ansioso (com medo) enquanto as necessidades não são satisfeitas.
Desenvolvi, com base em Barrett e em minhas experiências, uma palestra/workshop que intitulei: “Dos medos do ego para o voo da alma” e tenho compartilhado com o intuito de auxiliar as pessoas a fazerem escolhas conscientes com leveza.
Nossos medos têm normalmente origem em nossas experiências negativas da infância ou são aprendidos com as pessoas (família, organizações ou comunidade) com as quais convivemos.
Segundo Barrett, medo é uma resposta emocional instintiva a uma ameaça ou perigo que poderia comprometer a vontade do corpo de permanecer vivo ou comprometer o ego em atender seus desejos, vontades ou necessidades.