Caros leitores,
falar sobre Burnout é muito importante, ainda mais em tempos de confinamento, isolamento social e uma sobrecarga de trabalho cada vez mais relatada e comentada.
Quando defino um tema para o dossiê, o primeiro passo é eleger quem fará a coordenação, função mais que fundamental, pois esta figura, além de notório saber sobre o assunto, necessariamente precisa possuir uma substancial rede de contatos na área para conversar e convidar as demais pessoas que escreverão.
Minha pesquisa começou pela querida Daniele Kallas, que assinou inúmeros artigos sobre Coaching de Saúde e Bem-estar, na coluna que leva o mesmo nome, além de ter coordenado um dossiê sobre o tema. Daniele me encaminhou para Suely Mendonça que indicou Maria Angélica Sadir.
Maria Angélica nos trouxe Suely, Marilda, Fernanda, Juliana, Carol, Carolina, Cibele e Meire. Este time nos presenteia com um dossiê muito rico, apresentando não somente conceitos, mas ampliando a visão sobre a repercussão deste evento na vida das pessoas que passam e passaram por ele.
O Burnout é um processo de esgotamento, físico e mental, que como realça Juliana Nunes em seu artigo, não está ligado a uma fragilidade do indivíduo, mas a um processo dinâmico e construído mutuamente entre indivíduo, sociedade e o ambiente laboral.
Juliana, faz ainda um apelo em seu artigo: “Permita-me uma pausa neste ponto: se for levar apenas uma mensagem deste artigo, que seja esta: os sintomas do esgotamento começam por razões fisiológicas ligadas ao mecanismo do estresse crônico! Não é fraqueza, nem escolha e muito menos preguiça de trabalhar. Ajude-me a conscientizar as pessoas para que este assunto deixe de ser um tabu e informe-se sobre seu próprio corpo e sobre o mecanismo do estresse, combinado?”
Sim, todo começa com o estresse, mas o processo e consequências vão muito além dele. Cibele Castro, que já participou do dossiê sobre Slow Marketing, lá estava por causa da opção pelo movimento Slow após um Burnout. Ela nos alerta para as armadilhas da normalização do cansaço, da fadiga, do ritmo acelerado, da correria, e nos convida a desacelerar.
Como o Burnout já é reconhecido como uma doença ocupacional, vem recebendo maior atenção das empresas e algumas até estão mapeando os fatores precipitadores do Burnout. Marilda Lipp sinaliza em seu artigo que às vezes o Burnout pode ocorrer mesmo antes do estresse se manifestar.
Tema de suma importância, considero fundamental que todos que lidam e se dedicam ao desenvolvimento humano, estejam conscientes e antenados para poder identificar e orientar.
Tenha uma excelente leitura.
Luciano Lannes
Editor
Artigo publicado em 03/08/2021