Corpo e mente nunca foram separados Nos ltimos anos as intera es biol gicas entre eles t m sido estudadas pela psiconeuroimunologia rea de pesquisa que investiga as rela es multidirecionais entre emo es ou pensamentos e respostas fisiol gicas integradas por mediadores dos sistemas neurol gico end crino e imune Sob esta abordagem multidisciplinar - que envolve psicologia neuroci ncias medicina comportamental fisiologia imunologia e gen tica - sa de e qualidade de vida s o consequ ncias das experi ncias que vivemos A conex o entre sa de e percep o das experi ncias vividas faz bastante sentido Todo indiv duo tem caracter sticas que existem num contexto social hist rico cultural e assim est sujeito a moderadores psicossociais heredit rios gen tica ou resultantes de comportamentos aprendidos epigen tica Esta combina o entre o indiv duo e seu meio molda padr es de percep o de estresse e de enfrentamento Estes padr es por sua vez se manifestam na ativa o de vias biol gicas de resposta que envolvem neurotransmissores como a serotonina cujos n veis reduzidos est o associados a depress o ou a dopamina associada a recompensa horm nios como cortisol e adrenalina mediadores das respostas de estresse e citocinas mediadores do sistema de defesa imune Trocando em mi dos a sa de de uma pessoa - que se traduz em sa de f sica e tamb m em funcionamento psicossocial e qualidade de vida resultado de processos que envolvem al m da bagagem biol gica e comportamental herdada apoio social comportamentos e estilo de vida Neste contexto burnout uma condi o caracterizada pela resposta a estressores cr nicos associados a trabalho de conte do emocional e interpessoal que podem levar tanto exaust o emocional como indiferen a social ou insatisfa o com o trabalho Fatores individuais como tra os de personalidade e vida familiar influenciam quem vivencia o esgotamento profissional Ainda que n o considerado um diagn stico m dico burnout tem sido associado a dist rbios de sono sintomas depressivos consumo de lcool e drogas que por consequ ncia favorecem o desenvolvimento de condi es cr nicas como hipertens o e diabetes e a um aumento de vulnerabilidade para doen as especialmente card acas Burnout portanto tem um impacto que vai al m da sa de mental Um estudo da Winona University prop e dividir o processo de burnout em cinco est gios sendo que a crise de fato s acontece no pen ltimo um alerta para a necessidade de se buscar estrat gias de enfrentamento para situa es de estresse desde o in cio do processo de burnout O primeiro est gio chamado de fase de lua-de-mel nbsp quando o engajamento alta produtividade e compromisso com o trabalho v m acompanhados de um excesso de responsabilidades assumidas Poucas pessoas reconhecem este est gio como o in cio do burnout e n o buscam estrat gias positivas de adapta o No segundo est gio a consci ncia das dificuldades em lidar com o estresse est aumentada e se manifesta na insatisfa o com o trabalho em problemas de sono sintomas depressivos e compuls es No terceiro est gio os sintomas que eram eventuais passam a ser cr nicos incluindo exaust o raiva e depress o No quarto est gio caracterizado pela crise o burnout propriamente dito os sintomas passam a ser n o s cr nicos mas cr ticos al m do aumento de frequ ncia...