No processo da criatividade aprendemos a teoria dos 6 chapéus do Pensamento, teoria essa desenvolvida por Edward De Bono.
No processo de uma sessão de CoDesenvolvimento, o facilitador em sua atuação, desenvolve 5 papéis principais. Cada um desses papéis consideramos um chapéu, que é parte das responsabilidades do ser facilitador. São esses os papéis do facilitador: de clarificar, estimular, facilitar, controlar e organizar as atividades, sejam elas antes, durante, e/ou entre as sessões.
Também compete ao facilitador desenvolver as seguintes competências durante uma sessão de CoDesenvolvimento: Dirigir através de pequenos toques, sem pegar no volante; vincular e contextualizar as contribuições recebidas; utilizar com leveza, diversas modalidades de facilitação; usar de humor; criar um tom de boa vontade, de respeito, de curiosidade e de tolerância entre os participantes; manter-se atento ao conjunto de elementos envolvidos na situação, garantir o respeito do enquadramento e ao mesmo tempo manter a dinâmica existente; gerenciar as situações emocionais surgidas, e as posturas habituais de instrutor, facilitador e conselheiro. O desenvolvimento dessas competências propiciará o desenvolvimento da inteligência coletiva e o gerenciamento de situações de possíveis conflitos que possam surgir.
Não obstante a estas competências há uma competência que não aparece em nenhum dos manuais, mas, que quando utilizada com parcimônia, sabedoria e principalmente sensibilidade em muito contribui, para o sucesso de uma sessão de CoDesenvolvimento: a competência de efetuar a “troca de chapéu” de facilitador, para a troca de “chapéu” de consultor.
Em quais situações são adequadas e recomendáveis essas trocas temporárias de “chapéu”?
Quando na etapa de Clarificação da Problemática apresentada pelo cliente da sessão, os consultores, não apresentarem alguma pergunta que favoreça a ampliação de percepção ou consciência em algum dos 3 alvos existentes em uma questão, o “facilitador troca seu chapéu” pelo “chapéu de consultor” e apresenta uma pergunta sobre o contexto propriamente dito, sobre o aclaramento da situação propriamente dita ou sobre algum aspecto, questão, detalhe da pessoa do cliente. O porquê dessa “troca de chapéu” nesse momento ser adequada, é para que o cliente possa ter maior clareza da manchete ou formulação da questão que contará com o apoio dos consultores na etapa seguinte. Para que isso ocorra é fundamental que o facilitador esteja totalmente presente em sua escuta e envolvimento com as questões que o cliente está apresentando; só assim conseguirá trazer uma contribuição efetiva ao processo e a análise do cliente.