Estamos avançando para um futuro profundamente diferente do passado. Vivemos atualmente o mundo VUCA, onde a busca por caminhos e soluções para lidar com a volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade do contexto das organizações é crescente. Nesse cenário globalmente conectado, o aumento da diversidade da força de trabalho, em dimensões como gênero, raça, nacionalidade, classe social, cultura, idade, mobilidade, dentre outras, representa um fator de grande impacto que também demanda respostas rápidas.

Estão postos os desafios. Já sabemos que as organizações, como sistemas vivos atuando em atividades de ação coletiva, dependem fundamentalmente da qualidade da interação do indivíduo com o ambiente onde atua – sua missão e sua cultura.  Com a pandemia, reduziram-se as fronteiras e os desafios para sobreviver e evoluir nesses tempos sem precedentes, passam a demandar, ainda mais, por uma cultura inclusiva e colaborativa para contemplar essa diversidade que é uma realidade que não pode ser negligenciada.

A cultura da Diversidade e Inclusão (D&I) está em alta.  Pesquisas realizadas por empresas como a Deloitte, Charlotte Sweeney Associates, McKinsey & Company, dentre outras, revelam a importância da D&I sobre aspectos de desempenho organizacional, como criatividade, solução de problemas e comunicação. Isso explica o motivo de empresas e instituições mais diversas estarem alcançando melhor desempenho.

Impulsionadas pela justiça social, cada vez mais as organizações começam a considerar a inclusão e a diversidade como uma fonte de vantagem competitiva, e, mais especificamente, como um facilitador de inovação e crescimento. A despeito dessa percepção de ganho de efetividade organizacional com a D&I, as empresas ainda não estão seguras sobre como serem mais efetivas na utilização da diversidade e da inclusão para alavancar suas metas de crescimento e criação de valor. Desenvolver a cultura da diversidade requer aprendizados.

O primeiro aspecto a ser considerado é que diversidade não é um sinônimo para pluralismo e muito menos para inclusão. Contratar talentos diversos não é suficiente — é a experiência no ambiente de trabalho que define se as pessoas permanecem e prosperam.  Inclusão é a criação de um ambiente no qual as pessoas se sintam envolvidas, respeitadas, valorizadas, conectadas e capazes de compartilhar seu eu “autêntico” com a equipe e a empresa. Sem inclusão, os negócios não atingem todos os benefícios da diversidade de pensamentos e experiências. (Deloitte, 2021).