Espaço colaborativo de aprendizagem, abordagem pedagógica, comunidade para o desenvolvimento das práticas profissionais, são alguns dos qualificadores utilizados nos últimos vinte e cinco anos para classificar o grupo de codesenvolvimento profissional (GCP).
Alguns marcos
O grupo de codesenvolvimento profissional constitui uma proposta de abordagem e método bastante precisos definidos em um livro que estabeleceu as diretrizes (Payette e Champagne, 1997) e em uma nova publicação mais recente (Champagne, 2021). Desenvolvido por Adrien Payette na sua prática como professor de management na ENAP (École Nationale d’Administration Publique) e por Claude Champagne na formação de gestores na rede de saúde e serviços sociais, oferece um processo específico e estruturado de reflexividade, troca, partilha e ajuda mútua. Este processo visa a aprendizagem, bem como o desenvolvimento da prática profissional a partir de assuntos apresentados pelos participantes que são levados a adotar uma postura de “praticador-pesquisador” na investigação e na entreajuda.
A prática do grupo de codesenvolvimento profissional cresceu inicialmente no Quebec, um estado francófono do Canadá, depois se espalhou pela França, Bélgica e outros países francófonos e, mais discretamente, internacionalmente. Tanto a produção escrita e audiovisual como as publicações científicas se multiplicam sobre o assunto.
O GCP é usado em organizações dos setores público, “parapúblicos”, empresas privadas, nacionais e internacionais, empresas de consultoria, organizações associativas e comunitárias, conselhos de profissões regulamentadas, instituições educacionais e universidades, setores profissionais e não profissionais junto a profissionais diversos: gerentes, professores, organizadores comunitários, assistentes sociais, psicólogos, coaches, advogados, enfermeiras.