Buscar significa: ter um objetivo. Mas encontrar significa: ser livre, estar aberto, não ter objetivo.
Hermann Hesse - Siddhartha
Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido.
Hermann Hesse
Clareza proporciona foco.
Thomas Leonard.
Nas últimas duas décadas a Antroposofia ganhou espaço e reconhecimento dentro das organizações graças ao trabalho sério e profundo de coaches, consultores e autores que se debruçaram, estudaram e sistematizaram a filosofia de Rudolf Steiner ao universo organizacional. O impacto ocorreu nas dimensões individuais, com trabalhos de desenvolvimento de executivos, coletivos, com equipes e áreas, e organizacionais, no nível mais estratégico possível, do alinhamento de propósitos e estratégias ao desdobramento em processos e realizações. Mas ainda há muito a beber na fonte da Antroposofia e isso será mostrado.
Deste universo antroposófico, as aplicações de trimembração e quadrimembração foram bastante utilizadas com êxito, mas restou inexplorada uma potente fonte de aprendizado e desenvolvimento, individual e coletivo, no entendimento e aprofundamento dos arquétipos das qualidades anímicas. Segundo Edna Andrade, aconselhadora biográfica, autora e estudiosa da Antroposofia, “as qualidades anímicas são características que fundamentam aspectos e particularidades da vida emocional do indivíduo e se manifestam no comportamento, atitudes e escolhas de vida e carreira do executivo, tendo uma influência marcante na forma como se constroem as relações e, principalmente, nas formas de liderança”. Olhar o desenvolvimento pelo prisma das qualidades anímicas permite ao indivíduo um maior autoconhecimento que leva a um novo patamar a qualidade das relações em time e as conversas de ajuda dentro das organizações.
A busca pelo significado, pelo vínculo e pela humanização em tudo o que se faz talvez seja um dos maiores impactos da crise mundial que vivemos. O nosso tempo interno e externo, o sentido das coisas, a resiliência diante do imprevisível e diante das diferentes formas de se relacionar fazem-nos enfrentar o paradigma do medo e da virtualização, sobrando as perguntas: Onde está a humanidade? O que é ser humano no mundo de hoje? Para mim a melhor resposta é: O que nos define como humanos é o livre arbítrio. E isso tem tudo a ver com coaching e Antroposofia.