No momento em que vivemos, traz algum conforto a lembrança dos postulados básicos do Coaching Ontológico, segundo os quais podemos, através da linguagem, modificar a realidade. Há muito o que fazer, mas por agora, ficamos com o conceito de que linguagem é ação. Há séculos, transcendemos a ideia da linguagem meramente descritiva, como consequência da realidade externa. Rafael Echeverria, em Ontologia da Linguagem, afirma que “a linguagem não é inocente. Cada proposição, cada interpretação, abre e fecha certas possibilidades na vida, permite ou inibe certos cursos de ação”. Não por acaso, esse é um dos primeiros conteúdos com que nos deparamos nas formações de Coaching, quando aprendemos a distinguir causas e consequências dos diferentes atos linguísticos. Conscientes desse poder generativo, podemos abordar a quarta competência no modelo da Associação Argentina de Coaching Ontológico Profissional (AACOP): Gestão responsável dos atos linguísticos.
Em sua definição, “É a capacidade de criar um espaço conversacional a partir dos compromissos linguísticos que facilitem a articulação de novas possibilidades, incumbindo-se do alcance e do impacto consequente do falar”. Gestão responsável, então, é a utilização dos conhecimentos adquiridos em prol do Coachee, para que ele também conheça e se utilize das distinções para modelar a realidade que deseja. Mas não é só isso. A competência também diz respeito a como o profissional assume a responsabilidade pela criação e transformação de sua própria realidade, assumindo os compromissos gerados pelos seus próprios atos linguísticos criando seu estilo único como Coach.
Podemos trazer aqui, antes dos atos linguísticos em si, os três postulados básicos da ontologia da linguagem, segundo Echeverria: