Esta jornada que convido vocês a navegarem comigo começa no seminário “Foundations of Generative Leadership” (Fundamentos da Liderança Generativa), que assisti com Bob Dunham. Neste seminário, ele fez uma pergunta tão simples e poderosa como essa: “What do you care about?” (Com o que você se importa? O que lhe importa cuidar?).
Abro aqui espaço para um contexto. Eu sempre fui uma “fazedora”. Tenho diversas habilidades e capacidades, além de práticas aprendidas no meu contexto familiar que fizeram com que este viés de “fazedora” se confundisse inclusive com a minha própria identidade. Tenho altos estândares (padrões) de qualidade de entrega (gosto que tudo seja muito bem feito). Sendo assim, sempre julgaram a minha entrega excelente, o que reforçou ainda mais o valor desta identidade “fazedora” no mundo. No entanto, ao longo dos últimos anos e com muitas horas de conexão e reflexão comigo mesma, já não me sentia mais satisfeita. E confesso, andava esgotada! Me sentia, isso sim, numa rodinha de hamster, a mil por hora, fazendo, fazendo, fazendo, com meus “clientes” satisfeitos e eu mesma, insatisfeita e não encontrando muito sentido neste fazer todo.
Corto e volto ao seminário e à pergunta simples e poderosa de Bob: “What do you care about?” (Com o que você se importa? O que lhe importa cuidar?). Branco total radiante. Não sabia responder claramente a esta simples pergunta. No seguinte intervalo do seminário, fui conversar com Bob e contar a ele o que me passava. Ele, com um ar compassivo e desafiante ao mesmo tempo, disse: “Isso não é você, Marta. Não saber o que nos importa parece ser o “quiebre” que vivemos atualmente como seres humanos. Não tenha pressa, o importante agora é entrar na exploração do que importa a você”. Ufa... Pelo menos assim não me sentia sozinha.
Entrei nesta exploração acompanhada de coaches generativos, e tem sido uma grande jornada (diria até uma grande aventura!), não só de reflexão, mas também de incorporação de novas práticas, abertura de novas conversas e geração de novos resultados.