" Quando um espírito morre,
Nasce um ser humano.
Quando um ser humano morre,
Nasce um espírito.”
Novallis
Alguém já disse, que quando estamos diante de uma pessoa, estamos diante de um mistério a ser decifrado. Assim, o coach profissional quando está diante do seu coachee, tem essa instigante e desafiante missão.
Para mim, só este fenômeno, de um ser humano se arvorar em querer ajudar outro ser humano que o procura livremente serve para nos conectar com a natureza espiritual do processo de coaching. Pois para que este encontro coach-coachee ocorresse, quantos fenômenos, quantas variáveis, quantos outros encontros anteriores tiveram que acontecer para que essas duas individualidades se encontrassem em algum lugar do tempo e do espaço para poderem se ajudar?
Rudolf Steiner, o fundador da Antroposofia, a partir da sua pesquisa espiritual nos legou o conhecimento de que a nossa biografia é resultado de um criação sagrada que uma mente materialista tem dificuldade de entender e aceitar, já que essa biografia foi entretecida, com a nossa participação na nossa inatalidade, isto é, numa dimensão que precede o nosso nascimento biológico. Nessa jornada supra sensível, desde a morte até um novo nascimento que a nossa essência faz, contamos com a participação amorosa das mais elevadas hierarquias espirituais que nos acompanham nessa jornada.
Para que o coach, na interação com o coachee possa ampliar a sua capacidade de analisar, interpretar e obter “insights” para o processo de coaching, a partir do que o coachee lhe trouxe ao revisitar a sua vida (biografia) de forma estruturada existe a Metodologia Biográfica que tem como inspiração as descobertas de Rudolf Steiner. Em sua pesquisa espiritual sobre a vida humana ele descobriu que a mesma, quando contemplada de forma objetiva divide-se em diferentes ciclos caracterizados pelos setênios .