A abordagem do coaching de Pontos Fortes vem sendo desenvolvida pela Gallup há décadas, baseada no sonho de Don Clifton de que pudéssemos olhar cada ser humano a partir do que tem de melhor. E tal abordagem vem revolucionando a forma como as pessoas pensam sobre desenvolvimento humano, profissional e empresarial.
Talentos e Pontos Fortes
O coaching orientado pelos pontos fortes dos coachees está lastreado por dois conceitos centrais: talentos e pontos fortes.
Dentro do paradigma proposto, “um talento é um padrão natural de sentimento, pensamento ou comportamento que pode ser usado de maneira produtiva”. Na medida em que os talentos de uma pessoa são desenvolvidos, eles podem se transformar num ponto forte, que é “a capacidade de produzir consistentemente um resultado positivo por meio do desempenho quase perfeito em uma tarefa específica”. Dizemos que para terminar com pontos fortes, começamos com talentos. Eu gosto de pensar que o talento é a semente, enquanto o ponto forte é a planta. O talento é o “ser” e o ponto forte é o “fazer”.
Premissas
A abordagem do Desenvolvimento Baseado em Talentos e Pontos Fortes assume algumas premissas importantes. São elas:
Conhecimentos e técnicas podem ser aprendidos, mas as inclinações naturais, não. Pense na hipótese de ensinar alguém que não é competitivo a assumir essa postura, ou treinar alguém mais tímido para ser carismático. A crença subjacente é que é possível mudar a forma como as pessoas realizam as coisas, mas não é possível mudar a essência de um ser humano de forma substantiva. Pelo menos não para que ela atinja a excelência naquela característica. Uma pessoa com o tema de talento Carisma pode até aprender como agir de forma mais reservada em alguns momentos (a forma como faz), mas será muito difícil, emocionalmente caro e pouco efetivo tentar alterar os elementos centrais de sua personalidade (aquilo que é). Acrescento a essa premissa, a constatação de que isso não é necessário, e que cada pessoa pode descobrir o seu jeito de realizar o que quer realizar, sem ferir a sua essência, articulando aquilo que ela tem de naturalmente bom, ao invés de lutar contra o que não tem;