As psicoterapias se apresentam historicamente para a psicologia e para a sociedade como uma prática de grande relevância como uma ação de cuidado. Independentemente de sua orientação teórica, têm como objetivos principais levar a pessoa ao conhecimento de si, empreender tomadas de decisão e ações que favoreçam o próprio equilíbrio e crescimento do ser humano. É um processo que oportuniza a transformação saudável na relação consigo mesmo, com o outro, com a sociedade e com o ambiente1,2.
Neste contexto é fundamental desenvolver modelos colaborativos, voltar-se para as necessidades daquele que busca ajuda e desenvolver compreensão do contexto no qual está inserido, considerando os respectivos aspectos de desenvolvimento, cultura e sistemas de crenças. Além de mobilizar suas inteligências intrínsecas e favorecer ampliação da consciência para atualizar as próprias percepções na busca de caminhos e soluções.
A psicoterapia transpessoal é o conjunto de métodos de restabelecimento da saúde, do bem-estar e pleno desenvolvimento do Ser, pela progressiva redução de um “eu separado” e fortalecimento de um “eu unificado”. Amplia a concepção do humano para além dos aspectos individuais e biográficos de sua consciência e personalidade; reconhece estudos e intervenções sobre a consciência e orienta-se para a autotranscendência, considerando a dimensão da espiritualidade um aspecto natural à psique humana. Está fundamentada nos princípios da Psicologia Transpessoal (PT) e da Abordagem Integrativa Transpessoal (AIT), que ampliam a visão antropológica de homem, considerando inerentes à sua natureza aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais, espirituais e cósmicos3-6.