Do momento da redação deste artigo até a publicação, posso especular pouco sobre os desdobramentos da crise do COVID-19 e todo o impacto que isso gerará em todos os âmbitos de nossas vidas.
O que tenho convicção é que as crises passam, mas o talento fica.
E dito isso talvez seja nesse momento que precisamos manifestar nossas fortalezas individualmente e coletivamente com maior intensidade.
Mas será que somos conscientes de quais são nossos pontos fortes?
Pesquisas da Psicologia Positiva dizem que não, apenas um terço das pessoas conseguem claramente definir quais são seus pontos fortes, e apenas 17% conseguem manifestar essas fortalezas com frequência no dia-a-dia.
E se você acha que na liderança esse percentual é maior, se engana, uma investigação feita pela Psicóloga Organizacional Tascha Eurich revelou que apenas 10-15% dos líderes são autoconscientes, ou seja, tem uma percepção assertiva de quem são e do impacto disso na vida dos outros e nos resultados do trabalho.
Apenas 15% da força de trabalho global está engajada e satisfeita com seu trabalho, a Gallup tem feito esta pesquisa repetidamente por 20 anos e os números variam muito pouco. E sabemos que existe uma correlação entre a identificação, uso e desenvolvimento dos pontos fortes com bem-estar.
Um ponto forte é muito mais que uma competência, posso ser competente em algo e detestar fazer aquilo, um ponto forte é quando posso e gosto de fazer algo.
Explorar as competências acaba tendo um olhar fixo no passado, no que foi realizado, já quando exploramos os pontos fortes estamos pensando em possibilidades.
Os Pontos fortes segundo a Psicologia Positiva:
Os pontos fortes são formas de se comportar, pensar e sentir que estão relacionadas à capacidade natural do indivíduo, geram satisfação e permitem que o indivíduo tenha um funcionamento ótimo na busca de realização. Ou seja, são capacidades naturais que podem ser aplicadas produtivamente.
Um aspecto muito interessante é que mesmo falando de capacidades naturais e preferencias, existe a possibilidade de incorporar fortalezas e evoluir as atuais.
Um modelo dinâmico para manifestar o que temos de melhor:
A abordagem da psicologia positiva quanto às fortalezas propõe um modelo dinâmico e flexível, porém com base em pesquisa cientifica séria e com o objetivo de levar as pessoas a manifestarem o que tem de melhor.