“Retorno passado não é garantia de rentabilidade futura!”
Este alerta é bastante difundido no mundo dos investimentos e talvez seja a primeira lição importante a ser aprendida para aqueles que buscam entender mais sobre o assunto.
Apesar deste alerta estar evidente em inúmeros meios de comunicação, o comportamento humano ainda é guiado pelo viés da Ancoragem, ou seja, estar sempre olhando pelo retrovisor para só então seguir em frente.
É muito difícil não olhar para trás, não se basear no passado para estimar resultados futuros. A maioria das pessoas faz isso sem nem mesmo perceber.
Não é correto simplesmente abominar o viés da Ancoragem e dizer que usá-lo está de todo errado. O problema é ficar só com este elemento e ignorar condições do presente e até mesmo variáveis já mapeadas para o futuro. Esta análise passada é um dos componentes utilizados na busca de investimentos e, além de não ser a única forma de observação, também não deve ser realizada de forma intuitiva, sem enxergar a realidade da análise e decisão.
Não devemos confundir efeito retrovisor com o viés de retrospecto que também exercemos muitas vezes sem perceber. Como exposto pela professora de psicologia econômica Vera Rita de Mello Ferreira em uma de suas colunas, o viés de retrospecto “É aquela crença de achar que sabia mais do que de fato sabia quando tomou decisões passadas. É acreditar que tinha os dados que tem hoje no momento que tomou decisões passadas.”