Fui fazer a formação em Teoria Integral há alguns anos, convidada pelo Marcelo Cardoso, que eu conhecia e confiava. Sabia pouco da teoria, mas sentia que tinha pano pra manga naquele conteúdo e nas vivências que proporcionaria, dentro e fora das empresas. Participei da turma pioneira. Tenho esta característica de ir beber na fonte e também este gosto por desbravar caminhos não percorridos, ajudando, de certa forma, a traçar o rumo para os que virão. Eu conhecia o Marcelo, mas não conhecia mais ninguém da turma, o que era um desconforto, mas também uma oportunidade de conhecer gente bacana. Sabia que usaria o que aprenderia nas minhas práticas corporativas, como consultora. Mas nem imaginava o tamanho do impacto desta vivência de quase dois anos na minha vida pessoal. A formação foi uma das mais profundas que já fiz (ainda que tenha um repertório bem largo, com o pragmatismo de um Mestrado em Gestão e viagens de estudo para Butão e Egito) e me trouxe, ainda, como um adicional inesperado, uma rede de amigos para a vida.
Sou uma pessoa encantada com as histórias de vida de makers, pioneiros e gostaria de começar este texto contando um pouco do que eu descobri do Ken Wilber, o "pai" da Teoria Integral no mundo. Digo, nas minhas "costuras" (aulas/palestras) que ele foi e sempre será um "cabeção", um daqueles caras que de tão inteligente fica difícil entender por onde anda. Os livros dele que temos publicados hoje, principalmente os em português, dizem pouco da "onda" onde ele provavelmente está. O fato é que ele processa "improcessáveis" e coloca tudo no papel em forma de textos, histórias e gráficos simples e com muito sentido. Justamente aí está a magia da coisa.