Neste artigo, o objetivo é mostrar a aplicação dos conceitos sistêmicos no coaching. Para isto, é importante contextualizar o desenvolvimento do trabalho com as constelações sistêmicas e o interesse dos profissionais que aprendem a metodologia e suas ferramentas para o trabalho do coaching sistêmico.
No início do trabalho com as constelações no Brasil, depois das primeiras formações em constelações familiares utilizadas no âmbito terapêutico, alguns profissionais começavam a utilizar esta ferramenta também em processos de coaching. No início dos anos 2000 – mais precisamente entre 2003 e 2004 -, as constelações organizacionais começaram a chegar ao Brasil, e a partir disto passamos a utilizar as constelações para contextos organizacionais e para trabalhos “um a um” no coaching sistêmico.
Como a maioria dos profissionais que foram se habilitando nesta forma de constelação conhecia a abordagem familiar, além de utilizar as constelação como ferramenta para o trabalho de coaching, eles começaram a desenvolver meios de, ao trabalhar individualmente ou em grupos, utilizar formas de “mini constelações” para o contexto empresarial ou profissional, com a possibilidade de não ultrapassar os limites deste mundo entrando no pessoal.
Numa etapa seguinte, começaram a surgir novos interesses pelo tema das constelações e, como existia a separação nos estudos da abordagem sistêmica entre as constelações familiares e organizacionais, os profissionais que trabalhavam com o Life Coaching e o Coaching Executivo passaram a estudar e a utilizar a constelação no trabalho com seus clientes mais amplamente.
Em seguida, tivemos a oportunidade de uma expansão de ideias, pois os profissionais no Brasil começaram a estudar novas formas e, assim, a utilizar também uma novidade: as constelações estruturais. Assim, rapidamente os profissionais facilitadores de constelações passaram a utilizar os conceitos desta outra escola no mundo do coaching, e juntando todo o conhecimento era possível aplicar de uma forma mais conectada com as necessidades do cliente, conectando a técnica com o que foi estabelecido com o cliente.