O mundo do coaching experimentou uma expansão notável com a incorporação da perspectiva sistêmica nele. As constelações, que tem interesse nos nós e emaranhados sistêmicos, abriram as portas a dinâmicas diferentes no trabalho do coach. Da mesma maneira que no coaching distingue-se Life Coaching e Coaching Executivo, o mundo das constelações estabeleceu diferenças entre as familiares e as organizacionais. Vale a pena conhecer a história e o desenvolvimento destas modalidades.
As constelações familiares se tornaram conhecidas pelas mãos de Bert Hellinger. Ele se apoiou no trabalho de Thea Schönfelder com bonecos, e Ruth McClendon e Les Kadis, que a partir dos conceitos de terapia familiar de Virginia Satir (reconstrução familiar, esculturas familiares, “parts parties”) constelaram famílias com a ajuda de pessoas. Mas, ainda mais fundamental, foi para Hellinger o contato com a terapia contextual de Ivan Boszormmenyi- Nagy, refletida na sua obra Invisible Loyalties (lealdades invisíveis) (1974). Com estas e algumas outras tradições fundantes (Gestalt, terapia primal, psicanálise, tradição judaico cristã), Hellinger constrói seu marco teórico para as constelações. Algumas dessas linhas gerais são:
a) o conceito de solidariedade transgeracional de Boszormmenyi-Nagy: há uma lealdade em todo sistema que é transmitida de geração em geração e que preza para que todos os elementos importantes do sistema sejam reconhecidos e tenham seu lugar.
b) O conceito de implicação sistêmica: ele explica os distintos transtornos ou patologias que podem aparecer em uma família ou sistema.
c) Princípios sistêmicos: transtornos, patologias ou dificuldades podem ocorrer quando um destes três princípios sistêmicos não é respeitado: (i)o princípio de ordem, (ii)o de direito ao pertencimento, ou (iii)o equilíbrio entre dar e tomar.
As constelações organizacionais.