Este nosso companheiro há milhões de anos é mesmo o responsável por quase todos os males da vida moderna?
Como harmonizar ou mesmo aproveitar toda esta energia produzida pelo estresse para potencializar o corpo, a mente e as emoções de forma conjunta e integrada?
No nosso artigo publicado na edição 74, julho 2019, discorremos sobre a prática nutricional com o suporte das Dinâmicas Humanas (DH). As (DH) despertam e contribuem com o nutricionista e com a abordagem nutricional no desenvolvimento da capacidade de observar e analisar os pacientes, procurando mapear suas necessidades fundamentais, fatores ambientais e situações causadoras de estresse, tema que iremos aprofundar no presente artigo.
Estresse, uma palavra mais que na moda, mas apropriada. Nos dias de hoje é apontada como a responsável por quase todos os males. Contudo devemos pensar que em milhões de anos sendo nosso companheiro dia e noite, é de se imaginar o motivo pelo qual a “entidade” estresse seja tão malvista na atualidade, sendo que ela é a responsável, dentro de sua atuação, por estarmos escrevendo, lendo este texto e realizando quase tudo que nos é proposto como desafio.
Vamos entender como o estresse funciona e quais os impactos que ele pode provocar na saúde das pessoas.
Na realidade o estresse é um mecanismo de defesa indispensável para percebermos uma situação que possa, partindo de nossa interpretação e resposta, nos salvar de poucas e boas. E como todos os recursos do nosso corpo, se forem utilizados constantemente e de forma abusiva, trarão suas consequências pelos ajustes que o corpo fará e, em alguns casos, enfermidades com sequelas até irreversíveis.
Biologicamente o estresse provoca alterações bem conhecidas tais como: respiração curta e rápida, alteração na pressão arterial, batimentos cardíacos, pupilas dilatadas, sendo tudo isto resultado de hormônios como a adrenalina, o cortisol entre outros. Neste estado o corpo se prepara para a resposta de luta ou fuga, o que deixa nossos mecanismos de absorção e digestão sob letargia, fazendo com que todas as nossas energias sejam engajadas e estejam disponíveis para os músculos e o sistema nervoso, pois necessitaremos agir rapidamente. Nesta etapa o corpo utiliza parte de suas reservas para liberar açúcares na geração de energia e deixar o corpo pronto para lutar ou fugir, o que estaria tudo certo.